Na semana passada a DIOR lançou sua coleção Spring Summer 2014, na famosa CASA DE VIDRO da arquiteta Lina Bo Bardi, uma escolha proposital, afinal foi pelas mãos do casal Bardi – Lina Bo e Pietro Maria Bardi – que o primeiro desfile da Dior aconteceu no Brasil em 1951 no Masp, na época localizado na Rua 7 de Abril, no Centro de São Paulo.

casa-de-vidro - DQZ

Pra quem não conhece a Casa de Vidro  é um marco da arquitetura de São Paulo, projetado pela própria arquiteta Lina Bo Bardi, em 1951, em um terreno de 7.000 m2, para a residência do casal. O jardim da casa abriga um exemplo raro de conservação da mata brasileira.

casa-de-vidro-4

A semelhança entre o jardim da Casa de Vidro e o cenário do desfile Primavera-Verão 2014 da Dior, cuja coleção acaba de chegar à boutique do Brasil, foi mais um motivo para a feliz escolha da residência dos Bardi, que lembra o contrate entre a modernidade e natureza selvagem que se vê na casa, hoje tombada pelo CONDEPHAAT desde 1987, e mais tarde pelo IPHAN como patrimônio histôrico.

foto 2 copy 3

Para o Diretor Artístico da Christian Dior, o passado colide com o futuro, formando uma nova tribo de mulheres-flors em uma nova arquitetura de roupas para Primavera- Verão.

Dior spring summer 14 - DQZ

Untitled

collage

“Nesta temporada, eu quería a sensação de um grupo particular de mulheres, uma tribo nova: sofisticada e selvagem ao mesmo tempo”, declara Raf Simons. “Eu queria transmitir a sensação de você não saber de onde essas mulheres vêm e para onde vão, que elas existem em um lugar de mudança e possibilidade”.

Simons define essas mulheres e suas roupas em três grupos: Viajante, Transformadora e Transportadora.

*A Viajante representa a exploração e, é denotada frequentemente pelo uso de distintivos e insígnias.

Dior spring summer 2014 - DQZ

*A Transformadora conta sobre ter se transformado e seguido adiante, exemplificado nos vestidos lanterna com laços e pregas que aparecem na coleção – derivados da única peça de arquivo nesta temporada.

Dior spring summer - 2014

* A Transportadora é o elemento mais transgressivo, pois interrompe a narrativa com sua própria história, no caso dos vestidos com texto que surgiram na passarela. Todas compondo o novo conto de Simons: o “Trans Dior”.

Dior spring summer 2014 - DQZ

Conceitos clássicos de roupas são modificados geneticamente, com o DNA tendo sido entrelaçado ou dissecado para formar novas silhuetas. O desfile culmina em um grand finale, uma reunião do passado, presente e futuro da Dior.

“Essa coleção tem a ideia de torcer, virar e revirar a Dior, de forma que o liricamente romântico se torne perigoso; um lindo jardim de rosas se torne venenoso”, explica Simons.

Dior - spring summer 2014 - DQZ

Fotos: DQZ e Reprodução

Posts relacionados

  • Dior Cruise 2014
    Hoje foi dia de conhecer a nova coleção CRUISE 2014 da DIOR…e, também de conhecer a PR Internacional Valerianne van der Noordaa. Valerianne é daquele tipo de pessoa que simplesmente ama o que faz e fala disso com tanta... Continue lendo
  • Ares dos anos 50
    Feminilidade é a palavra chave que representa o estilo ladylike, aquele da cintura bem marcada, dos vestidos godês e saias-lápis, que dominava as produções da década de 50. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, Paris voltou a ditar... Continue lendo
  • Diário de Viagem – Mise En Dior
    Engraçado como Nova Iorque TEM TUDO que a gente procura e mais um pouco, tempos atrás eu até tentei comprar o brinco da Dior, o “Must have” queridinho das fashionistas, blogueiras, editoras de moda, antenadas de plantão e afins... Continue lendo
Comentários
  1. LifewithKa | Responder
    • Luciana Micheletti | Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *