#Nos40DoSegundoTempo

Consultoria de Imagem…Sem regras!!!

Foi há quase 10 anos que eu estudei Consultoria de Imagem em Nova Iorque, quem acompanha meu blog, sabe bem disso. Já escrevi vários posts sobre o assunto, entre eles, posts sobre quais ensino quais são as melhores opções na hora de escolher a roupa que se encaixa no seu biotipo, como seguir as regras da moda, o que é certo, o que é errado, qual é a sua cartela de cores, enfim a Consultoria de Imagem sempre foi como uma fórmula matemática, siga sempre elas.

Usamos alguns truques para disfarçar o quadril largo, por exemplo: sempre atraia a atenção para a parte superior do corpo, opte por blusas com decote canoa, cores claras na parte inferior, nunca, calças de preferência no modelo flare e tecidos mais encorpados para não marcar a silhueta. Regras.

Ao final de uma sessão de Consultoria de Imagem, todas as minhas clientes recebem (em alguns dias) um relatório completo, sobre tudo aquilo que foi dito e analisado durante essas horas que passamos juntas, todas essas regras estarão devidamente transcritas nesse estudo, desde a análise do biotipo, até a analise cromática. Simplesmente tudo.

Pois muito bem, depois de ler o relatório, supostamente a pessoa pela qual eu passei todas essas informações, já pode andar com suas próprias pernas, afinal ela já tem em mãos as respostas sanadas para todas as suas dúvidas. Com o novo estilo definido e o guarda roupa devidamente preparado, só falta colocar em prática, certo?!

Errado, não é bem assim. Pela minha experiência as mudanças são tantas, que sempre demora algum tempo para interiorizá-las, isso sem contar a parte de decorar todas as várias regras, a partir do momento em que o relatório é entregue, sim porque elas são bem específicas para cada tipo físico, rosto, estilo e cartela cromática. Tudo personalizado.

Então, seria apenas uma questão de decorar as regras, 
não é mesmo?!

Com a minha experiência durante e depois das consultas privadas, foi justamente essas regras que eu passei a questionar. O quanto de fato elas são eficazes?! sempre tive um canal aberto para as dúvidas das clientes, mas ainda assim faltava respostas para a questão central de todo o processo. E tudo isso nada tinha a ver com regras de moda, mas sim, com uma mudança interna, um novo olhar sobre si mesma, uma descoberta e autoaceitação.

Diante desses fatos, como eu posso continuar a trabalhar com a forma clássica da Consultoria de Imagem?! foi assim que eu passei a investir numa nova forma de fazer consultoria, onde toda criação de uma nova imagem, parte pelo interior da cliente. Ninguém consegue mudar a imagem que tem de si, mesmo sendo essa uma imagem visual, sem antes mudar internamente.

Sempre fiz as vezes de psicóloga das minhas clientes (no sentido de entender seus desejos), afinal o trabalho de mudança de imagem e quebra de paradigmas, sempre acontece com convencimento e bons argumentos, não é simples para uma pessoas que durante anos se veste de um determinado jeito, mudar para outro, sem que isso não mexa com suas emoções internas.

Foi nesse momento que, as regras de Consultoria de Imagem passaram a não fazer mais sentido pra mim. Do que adianta todas elas, se a mudança acontece de dentro para fora?! isso sem contar que essas mesmas regras não são sinais de “satisfação fashion” ao final de uma consultoria, eu não posso proibir uma pessoa de quadril largo a usar uma saia lápis, porque simplesmente não se encaixa no seu biotipo – Kim Kardashian, que o diga – ela está aí pra dizer o contrário, para mostrar que regras são feitas para serem quebradas, pra dizer que a moda e a imagem que você pretende passar para o mundo, faz parte da sua autoestima e de como você quer ser vista por ele.

E, é, essa a minha missão daqui pra frente, eu deixo as regras de lado, para entender suas necessidades pessoais, obviamente que as dicas serão bem vindas, mas o que realmente interessa é alcançarmos o propósito, entendendo seus medos, inseguranças e ajudando a criar a sua nova imagem. Baseada nos meus estudos de Coaching Holístico, que são norteados pela filosofia da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), os obstáculos pessoais e emocionais são aliados poderosos responsáveis pela energia de transformação e desenvolvimento do potencial de cada um de nós. Podemos utilizar esse mesmo conceito no quesito da criação de uma nova imagem, seja ela privada ou profissional.

A coisa mais importante na Consultoria de Imagem 
é ouvir o que não está sendo dito.

Pela definição da palavra Holística, entendemos que ela procura compreender os fenômenos na sua totalidade e globalidade, ou seja no âmbito da consultoria, vamos analisar a imagem não apenas como uma forma de expressão de um vestuário, mas sim como resultado emocional dele. Sem regras, dessa maneira acredito que o despertar para uma nova visão de si mesmo, pode ter um resultado muito mais eficaz nessa relação entre cliente e consultora.

Essa relação sempre foi muito próxima do meu cliente com o meu trabalho de Consultoria de Imagem, agora ela será feita para o seu autoconhecimento e a sua autoaceitação pessoal. Juntas. Ter consciência do seu potencial é a sua verdadeira imagem.

Eu sou feia?!

Sabe gente, eu voltei a estudar inglês, sim, voltei. Estava lá em casa, esperando a minha “teacher” chegar e pensava, o que será que eu aprenderei hoje?!

Minha aula é mais voltada para a conversação, minha escola de inglês é super flexível com meus horários, aliás por este motivo voltei a ter aulas particulares, eles veem até mim, no dia e horário em que eu posso. Priceless.

Enfim, toda essa introdução foi pra falar que a minha aula foi sobre dois vídeos do TED, ambos de alguma maneira falavam sobre imagem, ora vejam só, eu que sou Consultora de Imagem, não poderia ser mais apropriado, não é mesmo?!

O primeiro vídeo conta a história de uma ex-modelo da Victoria’s Secret e sua relação com a vida real, aquela que encontra a gente descabelada, triste, feliz, bem vestida, mal vestida, de tpm, com dor de dente, comendo um chocolate e assim por diante.

Ela mostrou por meio de slides muitas fotos dos seus inúmeros trabalhos, e, em nenhum deles, ela se reconhece, em todos eles, a pessoa da foto não é ela, a foto passa uma imagem totalmente diferente da realidade.

Por trás da cena, existem: fotógrafos, cabeleireiros, maquiadores, produtores, assistentes, um séquito preparado para criar uma realidade paralela, se é que podemos dizer isto. O fato é, aquilo é falso. Uma cena montada.

O segundo vídeo, foi apresentado por uma executiva da Dove. Seu ponto central foi dizer aonde e quando deixamos de nos amar em frente ao espelho?! bebês e crianças passam minutos se admirando em frente à ele, se tocam e se divertem com sua imagem, com o tempo perdemos esta auto-confiança pro mundo.

Uma linda garotinha do vídeo, cansada de ouvir da parte da sua mãe que ela era linda, decidiu perguntar para as pessoas se a achavam feia, já que na escola seus colegas eram implacáveis.

O resultado do vídeo é chocante, pra não dizer cruel e perverso. Realmente, a internet dá vozes aos fascistas, racistas, estupidos e idiotas de plantão. Outro dado assustador foi descobrir, que a pergunta “Eu sou feia?!”, bate recordes na lista de perguntas do Google. Simplesmente assustador.

No meu caso, eu fui uma adolescente que passei por inseguranças normais da idade, tive meus maus dias, aquele caos interno da idade, mas não me lembro de odiar a minha aparência, pelo contrário, eu até gostava do que via no espelho. Óbvio, não fui 100% segura, enxergava em mim os “meus” defeitos, mas não era sofrimento e nem dor.

Mas não consigo imaginar o que é ser adolescente na era da internet. Estar sujeita a um massacre virtual, sofrer um cyberbullying ou vivenciar experiências de magnitude impensadas. Como foi dito no vídeo os comentários negativos devem ser tratados como uma manipulação digital, não como a realidade.

Ser uma Consultora de Imagem, reforça ainda mais meu compromisso de trabalhar a auto-estima de minhas clientes e leitoras, transformando o que antes elas não admiravam e até odiavam em frente ao espelho, em beleza.

Já que o mundo se importa tanto com aparências, estudos revelam que 76% do que fica registrado em uma primeira impressão é a imagem, então vamos trabalhar a nossa auto-estima e parar de rotular as pessoas, e, principalmente os adolescentes com adjetivos que nada dizem sobre sua verdadeira alma.

Vídeos: TED