Durante essas duas semanas viajando por Myanmar, fomos acompanhadas por uma figura muito especial, seu nome de batismo é Khin Maung Aye, mas poderia ser “Cute boy”.

Foi chamando todas nós de Princesas, que ele passou a nos cativar instantaneamente. Nada foi forçado ou muito menos premeditado, simplesmente foi natural.

Sua bondade e seu jeito quase ingênuo, sem a nossa malícia do ocidente, fazia dele uma criança marota. Que adorava contar piadas, devo confessar que elas eram as mais infames e sem noção ever.

Porém, quando se tratava do seu trabalho, ele era a dedicação em pessoa. Nunca se atrasou, sempre disposto e atencioso, com todas nossas dúvidas e caprichos. Sem contar, o orgulho que sentia ao nos mostrar as lindezas do seu país.

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Untitled A primeira lembrança do Khin, mais marcante foram algumas (poucas) horas depois de nos buscar no aeroporto e se apresentar para o grupo, ele nos levou ao mercado de Yangon. Tivemos cerca de 1 hora para as compras, que supostamente deveriam ser sobre o artesanato local.

Mas, como em uma histeria coletiva, daquelas que contagia o grupo todo, nós resolvemos comprar um item nada convencional para uma viagem à Ásia, cada uma de nósuma a uma, saía para buscar a sua peruca. Eram, perucas de várias cores: rosa, verde, azul, branca, vermelha e por aí, afora.

De repente, aquele bando de mulheres, todas “enperucadas”, apareceram na entrada do mercado, onde nosso anjo da guarda, aguardava por todas nós pacientemente.

Seu rosto, ao olhar tamanha bizarrice, se transformou, parecia não acreditar naquele escândalo todo, até porque em minutos, passamos de meros turistas a atração principal do lugar.

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Untitled Sabem como são os brasileiros, não é mesmo?! somos felizes e adoramos uma farra. O mercado parou, fizeram uma volta ao redor do grupo todo e todos queriam tirar fotos, foi difícil para o nosso guia, tão responsável conseguir nos tirar de lá. Estávamos adorando aquela zona toda.

Enfim, Khin nos aguentou, nos ensinou, nos agradou e nos mimou. Nos despedir dele foi super emocional, carinhosamente ele havia separado um presente para cada uma de nós. Um pequeno discurso de agradecimento e o angustiante nó na garganta, não resisti à umas lágrimas, foi inevitável.

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Fotos: DQZ

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