Quando você viaja para um país novo, tudo é novidade, não é mesmo?! depois de alguns dias viajando pela Ásia, tive certeza, que esta seria a viagem das Pagodas e dos Budas. Não consigo me lembrar, quantos de cada um deles, eu vi, simplesmente, foram muitos.
Por isso, vou falar sobre as 3 mais importantes Pagodas de Yangon, que são elas: Shwedagon Pagoda, Sule Pagoda e Chauk Htat Pagoda.
A mais suntuosa de todas, sem dúvida alguma. Foi uma das poucas pagodas, que precisei passar por uma revista mais rígida, antes de entrar. Em seguida, fui alertada sobre o código de roupas proibidas, dentro da pagoda- é levado bem a sério, viu?!. Imediatamente, me pediram para cobrir as minhas pernas de fora (vestia shorts), tive que amarrar um lenço da cintura até os pés, e, é claro andar descalça.
Enfim, vamos aos números, afinal quanto maior e mais cheia de coisas, melhor, né?!
Com 99 metros de altura, a 51 metros do nível do mar, ela pode ser vista há quilômetros de distância. A stupa inferior é revestida com 8,688 barras de ouro sólido, a parte superior com outros 13.153 barras de ouro. O perímetro da base é de 1.420 metros de altura e 326 pés acima da plataforma.
A ponta da stupa é alta demais para, o olho humano conseguir discernir qualquer detalhe, formada por 5448 diamantes, 2317 rubis, safiras e outras pedras preciosas, além dos 1065 sinos de ouro. No topo, um único diamante de 76 quilates. Tá bom, pra vocês?!!
Reza a lenda…A história sobre a fundação da Shwedagon, tal como consta do Hmannan Mahayazawindawgyi (The Great Glass Palace Chronicle), compilado no início dos anos 1830, por uma Comissão Real composta por monges sábios, brâmanes e estudiosos, diz o seguinte:
Segundo a história budista, a mais de 2500 anos atrás, PrinceSiddartha havia atingido o estado de Buda, após a realização das “Quatro Nobres Verdade”, que são:
1. A vida significa sofrimento.
2. A origem do sofrimento é o apego .
3. A cessação do sofrimento é atingível.
4. O caminho para a cessação do sofrimento
Tapussa e Bhallika, dois irmãos mercadores de Asitanjana, que viviam no país Mon, realizaram uma tradicional viagem, feita por navios e por mais de 500 carroças.
Assim que chegaram, debaixo da árvore linlun, onde Buda estava sentado – isso aconteceu no 49* dia, após a sua Iluminação – os dois irmãos lhe ofereceram bolos de mel.
Depois que Buda havia comido os bolos, os dois irmãos pediram um presente vindo do próprio. Foi quando, Buda passou a mão sobre sua cabeça e, entregou oito fios de cabelos aos irmãos. O cabelo sagrado eram oito longos “fingerbreadths Majjhimadesa”.
Os dois irmãos, em seguida, retornaram como haviam vindo (por meio de navio e carroças), transportando os cabelos sagrados em uma caixa de rubi. No caminho, eles se encontraram com o Rei do Ajjhatta, que solicitou e recebeu deles, dois dos cabelos sagrados. Enquanto viajavam de navio, eles alcançaram o Cabo Negraisat na extremidade sudoeste de Myanmar, uma Naga Rei (Serpente) chamada Jayasena, obteve mais dois cabelos sagrados e os levou para o país Naga de Bhumintara.
Os dois irmãos, em seguida, colocaram a caixa de ruby contendo os restantes quatro cabelos sagrados em uma pilha de pérolas em forma de pagoda e informaram ao Rei do Ukkalapa, em questão. O rei veio com os quatro braços da guerra – elefantes, cavalos, carruagens e soldados – e, fazendo um voto (promessa), pagando reverência no sentido horário da Pagoda de Pérolas, conseguiu restaurar os cabelos sagrados ao seu número original de oito.
O rei e os dois irmãos, em seguida, trouxeram os cabelos sagrados de volta para Asitanjana. Em Asitanjana, Sakka, rei de Devas, o Rei do Ukkalapa e os dois irmãos decidiram consagrar os oito cabelos sagrados, no monte de Singuttara a leste da Asitanjana, onde também foram consagradas as relíquias dos três Budas anteriores à Gautama.
A consagração teve lugar no dia da Lua Cheia de Tabaung, uma quarta-feira. Sakka, o rei dos Ukkalapa e os dois irmãos fizeram uma câmara relíquia. A câmara relíquia foi preenchida até os joelhos com as jóias de todos os tipos; sobre estes foram colocados um navio de jóias e as relíquias dos quatro Budas.
A laje de pedra coberta de ouro foi colocada sobre a câmara relíquia e sobre ela foi erguida uma pagoda dourada. A pagoda dourada foi envolta em uma pagoda de prata, em seguida, em uma pagoda de ouro e ligas de cobre, em seguida, por uma pagoda de bronze, em seguida, pela pagoda de ferro, em seguida, pela pagoda de mármore, e , finalmente, em uma pagoda de tijolo.
Sule Pagoda fica localizada no centro de Yangon, exatamente na junção das avenidas Sule Pagoda Road e Mahabandoola Road. É um monumento, onde a maioria dos visitantes estrangeiros passam despercebido.
Eu, mesma não dei muita atenção, mas é a única peça central da capital, além de refletir o cotidiano do povo. Curiosamente, ele é cercado por pequenas lojas que oferecem serviços não-religiosos, tais como astrólogos, quiromantes e, assim por diante.
Reza a lenda… foi construído antes da Pagoda de Shwedagon, durante o tempo do Buda, tendo mais de 2.500 anos de idade. Sem mais.
O highlight desta pagoda é sua estátua de Buda Reclinado de 73 metros de comprimento e 20 metros de altura, certamente uma das maiores e mais significativas do país. A imagem original foi construída em 1905 e depois reformada em 1935.
Reza a lenda…eu não achei nenhuma informação sobre a sua história, que fosse relevante contar aqui. Mas posso afirmar, a estátua é realmente GRANDE, fora isso o lugar não se parece em nada com um templo sagrado – pelo menos, para as minhas concepções ocidentais – tudo é muito colorido, cheio luzes e nada silencioso, que me trouxesse uma sensação de sagrado. Enfim, apenas uma opinião.
Os pés indicam os 108 símbolos auspiciosos de Buda
Fotos: DQZ/Reprodução
Posts relacionados
-
Le Plaunteur & Yangoods surpreendentes…
Durante meus dias em Yangon, minha rotina era quase sempre a mesma: acordar muito cedo, tomar café da manhã no hotel, entrar no ônibus com o meu grupo e, partir para os nossos passeios diários. Por isso, a gente... Continue lendo -
Myanmar – uma viagem à antiga Birmânia
Foram 4 cidades, alguns vários voos internos e muitos templos. O cansaço por tantos voos, tantas andanças, definitivamente não foi motivo de problemas ou de menos entusiasmo, para desbravar Myanmar. Viajei em grupo, com mais 13 mulheres, cada uma... Continue lendo