#Nos40DoSegundoTempo

One more time…Coachella

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Você recentemente já foi há algum festival de música, desses grandes que acontecem com uma quantidade enorme de pessoas, onde duram dias (quase sempre 3 dias)?!

Eu, nunca, mas irei em breve e a primeira chamada que eu recebi foi em relação ao meu outfit vindo por parte da minha filha, como sem a minha pessoa ela não poderia ir, eu a MÃE serei obrigada a me comportar de acordo com o festival, entendem?!

Sendo assim, fui fazer a minha lição de casa junto da blogosfera, que no final de semana passado parou e prestou atenção (mais especificadamente) aos LOOKS  do festival de música COACHELLA, que rolou no deserto da California.

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As produções seguiram uma linha de inspiração, de acordo com a vibe do lugar. Teve de tudo um pouco, mas claro, o “uniforme” básico das meninas AND (mães) fashionistas era:

– short jeans, desfiado ou não.

– saia longa, do velho e bom estilo hippie de ser.

– chapéu, com aquela cara de boho-chic.

– coroa de flores na cabeça, no mais puro ar romântico.

– botas, cano curto de preferência.

– gladiadoras, de todas as cores e tamanhos.

– Regatas, costumizadas ou não.

– kimonos, fundamental para um ar mais gypsy.

– Macaquinho de renda, é claro.

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Se você não quiser errar, este é o dress code do Coachella, mas obviamente que existem exceções, que ficam na sua maioria a cargo das famosas, elas rendem vários looks no mínimo de gosto duvidoso. Ou será que alguma mãe andou por lá?!

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Fotos: Reprodução

A moda do Normcore

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Esqueça TUDO sobre moda, pelo menos por ora, a nova tendência é sair a vontade, literalmente. Se combinar o mais puro estilo largado, com calça oversized, mais uma pitada daquele moletom com cara de podrinho e pra coroar com a cereja do bolo um chinelo com meia. Pronto, você acaba de aderir a mais nova onda “fashionista”, se é que podemos chamar assim.

Na verdade na minha humilde opinião, essa moda está mais pra uma preguicite aguda do que qualquer outra coisa. Quem nunca na verdade teve vontade de sair ou já saiu completamente largada de casa?! eu, várias. De moletom e largada, muitas. De chinelo com meia, algumas vezes (principalmente para ir na farmácia durante a noite).

O Normcore é a ausência de estilo, a liberdade de não seguir nenhuma tendência e a mais profunda distância de qualquer ligação com a moda, ou seja uma moda as avessas já que não estar na moda, passou a ser moda – a antimoda ou o antilook. Deu pra entender?!

Esse fenômeno normcore foi identificado por uma empresa de previsão de tendências chamada K-Hole e, em seguida, apareceu na “New York Magazine” em fevereiro AQUI .

Algumas marcas, sim, marcas sacaram a nova “tendência” e saíram com coleções seguindo o espírito do mais novo fenômeno, como Celine ( primavera-verão 2013), Marc Jacobs (verão 2014), Miu Miu (inverno 2014), além da Gap que “carrega” o titulo de de #normcore desde 1969, como o Twitter abaixo.

As irmãs Mary Kate & Ashley Olsen, Jerry Seinfeld, Steve Jobs, Mark Zuckerberg e até o presidente Barack Obama são apontados como inspirações  e referências do novo estilo.

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Fotos: Reprodução

Dior Spring Summer 14

Na semana passada a DIOR lançou sua coleção Spring Summer 2014, na famosa CASA DE VIDRO da arquiteta Lina Bo Bardi, uma escolha proposital, afinal foi pelas mãos do casal Bardi – Lina Bo e Pietro Maria Bardi – que o primeiro desfile da Dior aconteceu no Brasil em 1951 no Masp, na época localizado na Rua 7 de Abril, no Centro de São Paulo.

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Pra quem não conhece a Casa de Vidro  é um marco da arquitetura de São Paulo, projetado pela própria arquiteta Lina Bo Bardi, em 1951, em um terreno de 7.000 m2, para a residência do casal. O jardim da casa abriga um exemplo raro de conservação da mata brasileira.

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A semelhança entre o jardim da Casa de Vidro e o cenário do desfile Primavera-Verão 2014 da Dior, cuja coleção acaba de chegar à boutique do Brasil, foi mais um motivo para a feliz escolha da residência dos Bardi, que lembra o contrate entre a modernidade e natureza selvagem que se vê na casa, hoje tombada pelo CONDEPHAAT desde 1987, e mais tarde pelo IPHAN como patrimônio histôrico.

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Para o Diretor Artístico da Christian Dior, o passado colide com o futuro, formando uma nova tribo de mulheres-flors em uma nova arquitetura de roupas para Primavera- Verão.

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“Nesta temporada, eu quería a sensação de um grupo particular de mulheres, uma tribo nova: sofisticada e selvagem ao mesmo tempo”, declara Raf Simons. “Eu queria transmitir a sensação de você não saber de onde essas mulheres vêm e para onde vão, que elas existem em um lugar de mudança e possibilidade”.

Simons define essas mulheres e suas roupas em três grupos: Viajante, Transformadora e Transportadora.

*A Viajante representa a exploração e, é denotada frequentemente pelo uso de distintivos e insígnias.

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*A Transformadora conta sobre ter se transformado e seguido adiante, exemplificado nos vestidos lanterna com laços e pregas que aparecem na coleção – derivados da única peça de arquivo nesta temporada.

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* A Transportadora é o elemento mais transgressivo, pois interrompe a narrativa com sua própria história, no caso dos vestidos com texto que surgiram na passarela. Todas compondo o novo conto de Simons: o “Trans Dior”.

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Conceitos clássicos de roupas são modificados geneticamente, com o DNA tendo sido entrelaçado ou dissecado para formar novas silhuetas. O desfile culmina em um grand finale, uma reunião do passado, presente e futuro da Dior.

“Essa coleção tem a ideia de torcer, virar e revirar a Dior, de forma que o liricamente romântico se torne perigoso; um lindo jardim de rosas se torne venenoso”, explica Simons.

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Fotos: DQZ e Reprodução