Minha relação com a cidade que nunca dorme vem de longa data e, quem me segue por aqui ou pelo Instagram sabe que eu considero Nova Iorque a minha segunda casa e o bairro do Soho, o meu preferido de todos.
Sempre que posso me hospedo por lá (tanto faz o hotel), o importante é ficar pelo bairro. Durante a semana parece uma outra cidade fora do burburinho de Manhattan, me arrisco até a dizer que a tranquilidade habita aquelas ruas de segunda a quinta-feira, sim, de sexta-feira em diante, o bairro é tomado pelos turistas e por quem mais estiver a fim de andar por aquelas ruas de paralelepípedos.
O charme do Soho é em grande parte pela sua arquitetura (nada de arranha céus, salvo algumas exceções), seus prédios são baixos e sua marca registrada fica por conta daquelas escadas de incêndio estrategicamente posicionadas do lado de fora, feitas de ferro, típicas do século XIX, aliás, elas, as escadas são símbolos culturais da cidade.
A vibe do Soho é diferente, o ritmo também, eu (super) recomendo “se perder” pelo bairro, primeiro porque ele é relativamente pequeno, se guie pelas placas de rua da cor marrom, se mudarem de cor, você mudou de bairro. Volte uma rua e permanece nele. Segundo, duvido que você tenha pressa de sair de lá. Com um monte de opções entre restaurantes, lojas e lojinhas pra espiar, entrar e enlouquecer, vai faltar é tempo pra conhecer tudo, garanto.
Claro, impossível passar despercebido pelas compras, afinal ela está a cada passo, a cada esquina, a cada piscar de olhos. Por aqui, a variedade de lojas é a mesma da quinta avenida e seus arredores, mas eu diria que, aqui tem um algo a mais, algumas lojas são únicas e tem aquela cara descoladex/hippie/chic bem típica do Soho.
Os melhores brechós também ficam aqui – What Goes Around Comes Around, A Second Chance, Paris Station – estão por aqui, mas não se engane, o vintage tem seu preço e, nem sempre é uma pechincha, pelo contrário tem alguns itens bem salgados.
Tenho algumas (muitas) lojas da minha preferência, na verdade vou variando no instante que mudo meu estilo, ou melhor dizendo – aprimorando.
Ultimamente, virei fã da loja Tibi (se eu fosse 10 centímetros mais alta, compraria a coleção inteirinha deles). Theory, All Saints e Vince, são variações do mesmo tema: sempre tem uma peça de roupa que é a minha cara. Sandro é definitivamente o meu lado romântico (que insiste em aparecer na composição do meu estilo), apesar de ultimamente estar ligada mais ao conforto descolado da loja James Perse – aliás, chamem pelo vendedor Jamiroquai, sua compra terá outro nível de excelência – continuando, Zadig & Voltaire tem peças para suprir o meu lado mais rock and roll. Com, Marc Jacobs e Diane Von Furstenberg sempre será uma relação de amor e ódio, tem vezes que eu acho tudo lindo, outras odeio tudo.
Já tentei outras, mas continuo gostando mesmo das calças da Seven. Comprei um coturno do Dr. Martens e digo com toda certeza, quando ele acabado, eu compro outro em seguida. O que dizer da Banana Republic, um clássico é sempre um clássico e, eles tem a peça indispensável do meu armário: os casaquinhos. Enfim, dou sempre uma passada pela Bloomingdale’s, Adidas, Zara, MiuMiu, Saint Laurent, Prada, Issey Miyake.
E, mesmo sem comprar absolutamente nada, afinal ver as novas tendências e, o jeito como as pessoas se vestem por lá, já é uma grande inspiração para inspirar o meu próprio estilo.
Além de roupas e sapatos, o Soho tem suas lojinhas pra quem não tá nem aí pra roupa. Rick’s é do tipo de loja que você se perde e fica horas. Shampoos, máscaras de cabelo, secadores, tinturas e, mais uma porção de produtos fazem literalmente, a minha cabeça. E, os produtos modernetes da loja do MOMA?! O único inconvincente é arrumar espaço na mala. Na última vez trouxe uma luminária pra minha casa, juro.
Ah! A livraria TASCHEN do Soho que entrega os livros em casa, isso mesmo, no Brasil. Acabaram os meus dias de querer levar e não levar os livros de arte, viagem, moda e todos os outros assuntos possíveis que fazem a minha cabeça e, não eram comprados por motivos de “tenho limite de peso para as malas”.
Tem a loja de chá T2, loja de perfume artesanal, loja de roupa pra cachorro de madame, loja de decoração, galerias de arte, a loja de pijama Sleep Jones, a maravilhosa Muji (japonesa) que tem as melhores e mais cheirosas essências do bairro. Ufffa, tem muita loja pra conhecer (com ou sem dólares) mas, de preferência com.
Vamos aos restaurantes…são tantos os meus preferidos…bom, alguns deles foram recomendações de amigos, outros dicas pela internet, outros do concierge, outros do Instagram, mas a maioria mesmo foi andando, entrando e experimentando. Alguns, eu nunca mais voltarei – por motivos de, eu não gostei – outros talvez, mas os meus preferidos são sempre obrigatórios nas minhas idas.
Impossível, não comer o salmão defumado do Sadelle’s ou o eggs benedict do Balthazar (apesar da chatice pra conseguir mesa por lá). Amo sentar sozinha com meu computador no Le Pain Quotidien e tomar o Belgian Hot Chocolate deles, não posso esquecer de tomar um chá da tarde ao estilo parisiense do Ladurée. Quando eu estou com pressa, passo no Dean DeLuca e compro um iogurte de morango com granola (dos deuses), assim posso continuar a minha caminhada.
Não posso esquecer do charmoso Sant Ambroeus e do queridinho da vez – La Mercerie – colega, se passar por lá come o ovo cocotte com mushrooms, please!!! Além, do Marie Belle da foto acima, um encanto de lugar. Todos esses são algumas das minhas melhores opções para café da manhã AND brunch.
E, não posso esquecer de falar do melhor cupcake do bairro: Georgetown Cupcake Soho. Simplesmente, sem palavras, sou fã desse bolinho viciante, o meu preferido é baunilha com chocolate.
Vamos falar de almoços, jantares e “welcome drinks” no próximo post. See you later!!!