#Nos40DoSegundoTempo

Razões pela qual eu assisti “13 Reasons Why”

A internet nos deixa informados, mas é na convivência com os adolescentes que a gente se surpreende pela rapidez com que as notícias chegam pra essa turma, não é?! quem tem essa “espécie” em casa, sabe bem do que eu estou falando e, foi por causa dela que eu ouvi falar da série do momento da Netflix, que esta causando pelo mundo.

Já ouvi críticas, mas a grande maioria aprovou a série. E porque eu resolvi falar sobre ela?! não sou adolescente, nem dada a assistir essas séries e sagas intermináveis como eles, porém, eu simplesmente virei uma noite, deixei de ir na ginástica no dia seguinte pela manhã, só pra assistir os 13 episódios. Gostei ou não?!

Todo assunto que de alguma maneira nos toca profundamente, porque já passamos por ele em algum momento – seja na própria pele ou na pele dos nossos filhos – ou porque, simplesmente criamos uma empatia pela situação alheia, acaba nos despertando a uma reflexão. A série trata de assuntos tão atuais, eu diria até endêmicos, afinal bullying, solidão, assédio, slut-shaming, violência contra mulher e suicídio são problemas reais e na minha opinião pouco debatidos entre os jovens.

13-reasons-why_0

13 reasons Why conta a história de Hanna Baker, uma adolescente que se vê envolvida em uma séries de situações que culminam com seu suicídio. Porém, antes de morrer, ela descreve toda a sua dor, angústia e agonia em 13 fitas cassetes, que serão distribuídas para todos aqueles que de alguma maneira, seja direta ou indiretamente foram os responsáveis pelo seu ato dramático.

Logo no primeiro episódio, a primeira situação é a que dá início a todo o seu calvário. Tudo por conta de uma simples foto, impressionante como as coisas podem ter uma conotação tão equivocada, afinal (a foto) registra apenas um momento, não registra um diálogo, o sentimento vivido, nada e, foi por isso que me fez lembrar da famosa foto do fotógrafo Kevin Carter, em 1993, no Sudão. Quem não se lembra da foto devastadora de um menino faminto a mercê de um abutre?! a foto mostra toda a miséria, o abandono, a crueldade, a fome, mas a cena não mostra a verdade por trás dela.

fotos-africa-1

Ganhador do prémio Pulitzer, a foto rodou o mundo e com isso, uma avalanche de acusações invadiram sua vida, acusado de desumano por não ter feito nada e de só se importar com a foto, sua “frieza” foi massacrada pela opinião pública, Carter não suportou a dor, se entregou as drogas até cometer o suicídio. Mas o que todos não sabiam é que, o menino da foto não só sobreviveu, como se ampliada a foto, podemos ver uma pulseira em seu braço, esta significa que ele estava sendo tratado pela ONU, com as iniciais T 3 – desnutrição severa – os pais da criança estavam por perto, buscando alimentos doados.

Tudo isso, pra dizer o quanto somos precipitados em nossos julgamentos. Como podemos destruir a imagem de uma pessoa tão facilmente, agora imagine destruir a image de um adolescente, que patina entre questões de autoestima, aceitação, conflitos familiares, violência, drogas, sexo, problemas na escola e por aí a fora.

A série retrata todos esses problemas de uma maneira real, honesta, aponta para todo esse desconforto e deixa a dúvida, alguém poderia ajudar Hanna?! aonde estavam as pessoas que não perceberam seu sofrimento?!

Todo esse tormento pelo qual a personagem passa, me faz perguntar e analisar o quanto sabemos de nossos filhos adolescentes?! seria a escola a responsável direta por todo essa questão?! o quanto ela conhece das relações de seus alunos?! afinal, é nela que o bullying começa, avança e se desenrola. Quanto um adolescente é capaz de sobreviver, a tamanha pressão dentro do ambiente escolar?! por isso, a minha maratona foi intensa, assistir a essa série, me fez reconhecer como aluna de uma época onde essa palavra bullying não existia e ao mesmo tempo, reconhecer meus filhos adolescentes vivenciando o bullying em suas relações de uma maneira tão intensa, realmente foi muito impactante.

Se você é mãe, pai, assista 13 reasons why, como diz um de seus lemas “Ninguém sabe com certeza, o quanto pode impactar a vida dos outros. Certamente, não temos ideia. Ainda assim, continuamos agindo da mesma maneira”.

Crise dos 40 em U

Vamos bater um pouquinho mais nesta tecla, sim. Afinal, eu que sou blogueira e 40tona, sempre tive dificuldade pra encontrar textos menos jornalísticos e mais pessoais sobe o assunto. Decidi então, que tinha chegado a hora de eu mesma falar sobre os meus, os nossos problemas que rondam esta fase da vida, de dentro pra fora.

Quando eu tinha por volta dos meus 30 anos, achava que nada mudaria, não dá pra vislumbrar mudanças nesta idade, principalmente as físicas, difícil, tudo anda muito bem, né?!. Eu lembro que costumava sair de cara totalmente limpa, hoje por exemplo, isso é quase uma raridade, acho que só faço isso nos meus momentos de rebeldia, caso contrário não largo mão do meu protetor solar, uma base leve pra ir até na academia, vejam vocês. A pressão que a gente se auto-impõe, só aumenta nesta fase da vida.

Mas pesquisando sobre o assunto, uma das lições que eu aprendi é reconheça que está em crise – coincidência ou não, escrevi recentemente um post falando da crise que estava passando AQUI – achei libertador, se eu puder usar uma expressão que demostre isso é “Eu fui com o pé no peito, confessei”. A gente fica rodando feito peru antes de aceitar que as coisas não estão como gostaríamos que estivessem, às vezes damos desculpas para os outros e achamos mesmo que são verdadeiras, ledo engano porque a conta aparece, mais cedo ou mais tarde.

tumblr_inline_mj9v6do9dj1qz4rgp

Então, vamos lá, aceite sua crise (ela vai passar…), se ela for pesada demais pra carregar sozinha, não titubeie procura uma ajuda especializada, eu sei que pode ser inviável para muitas de nós, mas então escolha aquela amiga mais sensata e desabafe. Fale tudo, chore e se dê a chance de recomeçar, mudar e arriscar. Não duvide que uma mão amiga possa ser capaz de te ajudar, uma vez ouvi a seguinte frase de Herman Hesse: “Nada posso lhe oferecer que não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo além daquele que há em sua própria alma. Nada posso lhe dar, a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo e isso é tudo”, bons amigos fazem isso.

Já pra mim, foi exatamente nesta época, que eu precisei partir pra terapia, por volta dos 41 anos. Hoje estou há 3 anos trabalhando profundamente no meu processo de auto-conhecimento, posso dizer sem dúvidas que sou outra pessoa. Não que a minha essência tenha mudado, eu sou o que sou, mas meu controle interno e meu modo de agir e reagir estão aprendendo a cada dia a serem mais inteligentes e menos danosos, estou me aceitando, me encaixando no lugar que me é reservado.

Eu descobri que a crise dos 40 é como a letra U do alfabeto, o nosso grau de contentamento começa alto na vida e, com a chegada da vida adulta, ela vai diminuindo progressivamente, até atingir sua pior fase (meia-idade) ou seja, a partir dos 40 anos, minha amiga. Mas, a boa noticia é que ela volta a subir a partir dos 42 anos até a chegada dos 70 anos.

Não é fácil, mas também não é impossível passar por tudo isso. Mergulhar de cabeça nos nossos traumas, rancores, dessabores, nas nossas frustrações é sempre muito dolorido, mas eu aprendi que além de fazer parte do todo o processo, a gente acaba diluindo essa dor, até que ela não machuque mais. Acredito muito que o que a gente não cura por dentro, acaba virando doença, minha terapia tem relação direta com a medicina chinesa, aquela que faz um diagnóstico energético do seu corpo, sabe?!

giphy40

” Coaching é baseado nas transformações de obstáculos, tais como doenças físicas e emocionais, em uma poderosa energia de transformação e desenvolvimento do potencial da pessoa.
Tem o objetivo de trabalhar o desenvolvimento e a transformação das pessoas como um todo, desde as situações de conflito afetivo emocional à dificuldade na carreira profissional. Um método de autoconhecimento e desenvolvimento, ajuda enxergar as oportunidades que o cercam. É um aconselhamento pragmático, eleva a motivação, ajuda a definir objetivos, de forma a torná-los desafiadores e estimulantes; contribui para a compreensão de seus valores mais profundos, identifica os obstáculos e conflitos da Mente e por meio da formulação de um plano estratégico mental, abre as passagens para a realização de suas metas.
Desperta no indivíduo uma melhor percepção de como está seguindo sua vida”.

Enfim, os 40 anos para as mulheres são anos decisivos, convivemos com o fantasma da menopausa ao mesmo tempo que muitas ainda querem engravidar (não é o meu caso porque engravidei com 23 anos), mas já sinto alguns sinais da dita cuja, o famoso calor, nada grave ainda, mas ele está aí me rondando, pra fazer eu me lembrar que não sou mais tão jovem assim. Isso traz uma sensação de que não somos mais eternos, somos finitos. Estamos na metade.

Porém, contraditoriamente, sentimos que “temos todo o tempo do mundo”, somos mais maduras (ou pelo menos achamos) Rsrs, né?! aproveitar a vida vira o nosso mantra, o nosso lema, o nosso norte. Ser uma mulher de 40 anos, requer sabedoria, jogo de cintura e como sempre, muito bom humor, afinal, rir de si e se aceitar, ainda é a melhor terapia. #Nos40DoSegundoTempo

sex-and-the-city-2

Gifs: Reprodução

 

O drama de uma blogueira em crise

Quem nunca?! essa é a minha pergunta à vocês. Em maio eu faço 6 anos de blog  – que loucura – e, fui acometida por uma crise criativa/existencialista (senta, que lá vem drama). Tô naquela fase, não sei se caso ou se compro uma bicicleta?! ok! já casei, então vamos pra segunda opção, bicicleta não é bem o meu meio de transporte favorito, ou seja entrei em crise e enquanto eu me decido, eu precisei parar, dar um tempo, parei totalmente de escrever, “tirei férias”, uma espécie de licença não remunerada pra tentar achar o que estava faltando dentro de mim.

Vou ser sincera, a crise já vinha há tempos, mas eu meio que tentava enganá-la, não dava muito bola, ou pelo menos passava batido. Mas a verdade é que, eu não sentia o mesmo prazer de antes, a mesma empolgação do começo (normal, vai?!) e muito menos aquela vontade de me dedicar ao blog, como eu sempre me dedicava. Difícil admitir, mas não tava legal (momento Programa Hora da Verdade).

Em novembro, durante a minha viagem pelo Leste Europeu, eu simplesmente dei as costas (totalmente) pro blog, pra não mentir, eu escrevi apenas um post, um mísero post durante 20 dias. Péssimo sinal, eu sempre dava um jeito durante as minhas viagens, mesmo que eu tivesse que dormir mais tarde, eu nunca ficava tanto tempo sem postar. Mas a inércia foi muito maior do que a minha responsabilidade em postar. Aproveitei a viagem, pra “me desculpar” da falta de posts.

Quando voltei pro Brasil, emendei mais duas viagens internacionais, ou seja a situação era perfeita pra usar como desculpa e culpar a falta de tempo – o crime perfeito, sem provas do assassino – afinal, quem diria o contrário?!. Claro, confesso foi uma loucura esses últimos meses, faz mala, desfaz mala, refaz mala, resolve outros 1.050 problemas, porem fui só adiando o problema e acumulando viagens, posts atrasados e decisões a serem tomadas ( eita porra).

Agora, nada como um break obrigatório, hein?! Essa semana estou de molho, por conta de uma cirurgia já planejada – estou ótima, correu tudo bem – com isso fui obrigada a repousar, depois de tanto corre, corre do ano passado e, é claro com tanto tempo ocioso, chegou a hora de tomar decisões, aquelas decisões ignoradas. Afinal, do jeito que está não pode ficar. No começo da minha crise, procurei por várias pessoas e seus respectivos conselhos, tive a certeza que nenhum deles conseguiria responder as minhas dúvidas e quer saber?! alguns deles até atrapalhavam mais ainda (Rsrs), porque na verdade o que eu queria mesmo era desabafar, as respostas estavam ali dentro de mim. Ok! Tá parecendo um pouco auto-ajuda, mas é a mais pura verdade (momento Paulo Coelho).

Nesse anos todos de blog eu tive algumas fases, no começo meu foco principal era a moda (tão e somente ela), em seguida eu dei uma grande migrada para a área da beleza, ultimamente eram as minhas viagens que mais me excitavam em termos de produção “literária bloguística”. Aliado a esses 3 temas principais, o meu trabalho de consultoria de imagem começou a subir para um outro patamar. E foi diante desse panorama, pesando pós e contras e ouvindo minha voz interior, eu decidi que primeiro de tudo preciso voltar a ter prazer – importantíssimo – preciso focar mais em num nicho, ser mais explicita nele e, certamente divulgar mais meu trabalho (momento classificados).

Resolvi, que não vou deixar de escrever sobre nada, mas tudo que eu escrever vai ter que me dar prazer. Por isso, vou fazer jus a minha fama de wanderlust, minhas viagens estarão em primeiro lugar, meus vlogs e meu canal do You Tube receberam mais cuidados, a beleza vai ficar em segundo plano, mesmo que isso signifique um afastamento dos eventos (e dos produtos recebidos). E pra finalizar, vou explorar muito mais nos posts a consultoria de imagem, fico tão feliz em poder ajudar as pessoas a se encontrarem em termos de estilo e o quanto isso mexe com a auto-estima delas, que me preenche de felicidade e realizações.

Toda essa ladainha pode parecer bobinha para alguns, mas aqui, daqui pra frente nada será bobinho(a), tudo aqui será relevante, inclusive meus medos, inseguranças e dificuldades, que eu vou passar a compartilhar com vocês. Afinal, quem nunca, né?!