#Nos40DoSegundoTempo

Bia Penha e seu Azul da cor do mar

Sempre convivi com artistas (sou atriz formada pelo Macunaíma), meus amigos eram na sua maioria de teatro, além disso os amigos dos meus amigos, tinham de alguma maneira profissões mais artísticas ou criativas, então eu sempre perambulei por este meio “mais cabeça”.

Com o passar do tempo, meu leque foi aumentando e nesse círculo de amizades, entraram advogadas, engenheiras, dentistas, vendedoras, cozinheiras, sexóloga (no singular, só conheço uma), donas de casas, blogueiras, administradoras, produtoras e uma infinidade de outras profissões.

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Toda essa minha introdução, foi para falar, que faltava uma profissão em especial: poeta/poetisa. E, não é que agora não falta mais, sim, eu tenho uma amiga poeta, que acabou de escrever um livro lindo – por dentro e por fora – chamado AZUL.

A cor faz referência aos olhos da Bia, sabe aquele olho feio?! mentira, sabe aquele olho lindo de morrer, um azul intenso como o mar, esse é o olho da poeta, uma mulher tão intensa quanto seu livro.

O sonho de todo escritor ou poeta é conseguir lançar seu livro, esse sonho aconteceu, foram alguns anos batalhando e escrevendo, até que o lançamento fez jus a espera. O livro é tocante, uma viagem pela alma da Bia, que mostra de maneira agradável e bela, toda a sua entrega. Quem pensa que poesia é uma leitura para intelectuais, se engana, as poesias da autora são tão dinâmicas, como um bom livro de ação.

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Bia Penha lança o livro de poesias Azul, que reúne poesias inspiradas em todos os seus ‘eus’, produzidas ao longo de seus 43 anos.

Bia põe no papel muitas facetas de uma mesma pessoa e retrata um pouco do que cada um carrega em si: loucura, dor, amor, superação, e diversos sentimentos. “Este AZUL é feito de “verdades secretas”, que de tão secretas, tornam-se nossas também. A poesia de Bia é costurada no tempo e em cicatrizes, que delicadamente bordam sua “dor de carne sem osso”, afirma a escritora Maice Rocha Glaser no prefácio do livro.

LIVRO TAMBÉM É OBRA DE ARTE

O livro Azul é lançado em duas versões: a impressa, como todos conhecem, e uma versão diferenciada, que traz o conceito de obra de arte. É que Bia decidiu lançar um livro-objeto com tiragem numerada com apenas 30 unidades.

As imagens de capa do impresso e do livro-objeto são do fotógrafo Maurício Nahas; a direção de arte de ambas as versões são assinadas por Leo Macias, premiado diretor de arte em Cannes com 17 leões, atualmente na DM9DDB. É dono da apArt Private Gallery.

“Conseguir verbalizar situações humanas flagradas em contida dor e pungência: talvez seja essa a característica mais vincada de Azul de Bia Penha. Exemplo? “Com flechas e sem alvo” (p.67). Isso é Poesia. “

Adelia Bezerra de Meneses/ Professora Doutora em Teoria Literária e Literatura comparada (USP)

“Duas coisas me atraem neste AZUL de Bia Penha. A primeira: ela resolveu mostrar a cara. A segunda: ela consegue entrelaçar vapor e chumbo (ou fumaça e alegria, como diz) toda vez que entra (ou cai) no estado poético – que, aliás, ela descobriu ainda menina, quando colecionava pensamentos.
Na lírica deste AZUL, a dor amansada logo se ilumina ao primeiro raiar da alegria. O que era fixo se mexe, procura outros roteiros, os contrários se entendem e prosseguem juntos.”

Roberto Gambini/Analista junguiano (autor de A Voz e o Tempo, Prêmio Jabuti 2009)

Sobre a autora

Bia Penha nasceu no dia 5 de janeiro de 1972, em Morro Agudo, interior de São Paulo. Morou em Cambridge, onde estudou inglês. Foi gerente de projetos na IBC – International Business Communication, multinacional inglesa. É graduada em Publicidade e Propaganda, com Pós-Graduação em Marketing, participou de Oficinas Literárias na Casa do Saber e trabalhou como voluntária em um projeto do terceiro setor direcionado a melhoria da educação.

Livro Azul – Poesias de Bia Penha

Livro-objeto (apenas 30 unidades)
R$ 2.750,00
Dimensão: 30cm de diâmetro por 6 cm de altura
A venda na apArt Private Gallery www.apartprivategallery.com/home e na Livraria da Vila do Shopping JK Iguatemi

Livro impresso
A venda na Livraria da Vila, Blooks e Editora Futurama – www.futuramaeditrora.com.br
118 páginas
R$ 69,00

Fotos: Divulgação

Plano de Menina

Era um vez…as histórias de contos de fada, sempre começam assim, não é mesmo?! elas nos remetem a um mundo cheio de fantasia, mesmo que muitas vezes a história se inicie com um triste drama, no final a gente sempre sabe que o fim será arrebatador, lindo, poético e, é claro o príncipe (gatíssimo) irá beijar a doce e bela princesa.

Mas na vida real as coisas não são bem assim, muitas meninas nunca serão princesas e muito menos conheceram um príncipe encantado. Sua realidade é dura, violenta, triste e muito distante de todos nós. Elas vivem em favelas, periferias carentes de saneamento básico, saúde e educação. Seus horizontes, não conseguem atravessar a distância de um bairro para outro.

Essa é a grande maioria das histórias não-encantadas, de muitas meninas do nosso Brasil. Por isso, uma fada madrinha de carne e osso – Viviane Duarte, do Plano Feminino – resolveu arregaçar as mangas e criar um belo projeto, chamado Plano de Menina. Convocou outras “madrinhas” para essa união de forças, onde juntas, elas querem mudar o cenário de algumas gatas borralheiras.

O PLANO DE MENINA, que tem como objetivo empoderar as meninas das periferias, levando à elas informações e trocas de ideias que têm como prioridade inspirar e fazer com que as meninas realizem seus planos.

Serão realizados semanalmente, workshops e brincadeiras educativas, que levarão a as garotas à fazerem uma imersão em temas como autoestima, felicidade, educação financeira, liderança feminina, tecnologia, empreendedorismo, entre outros.

“Falar de empoderamento é ainda mais poderoso quando efetivamente estamos realizando algo fora das mídias sociais e textos inspiracionais. Queremos realizar e nos tornar agentes de transformação por meio de iniciativas que promovam a educação e a realização de planos de meninas e mulheres de todo Brasil”, afirma a jornalista.

Inicialmente o projeto estará nas comunidades de São Paulo e Rio de Janeiro, mas a intenção é amplificar o raio de alcance do projeto com marcas parceiras da plataforma.

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A consulesa da França, Alexandra Loras, que luta pela inclusão social e contra o racismo há anos, é a embaixadora do projeto Plano de Menina e decidiu o fazer, pois acredita na força da união das mulheres em prol à busca de crescimento e conquista de seu espaço.

“Quando a Viviane me falou do projeto eu me encantei. Acredito muito na força da mulher que tem planos e quero junto do Plano Feminino, levar empoderamento às meninas e suas mães. O conhecimento é um importante agente de transformação e queremos ser este canal para estas meninas”, reforça a consulesa.

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O projeto terá início no mês de março, onde apresentará em circuítos de palestras como a semana da mulher da Associação Brasileira de Jornalismo e da Cásper Líbero – Mulheres Digitais e Mulheres e Mídia, formatos e oportunidades para que mais mulheres e marcas se engajem e aumentem o banco de talentos à disposição destas meninas.

O núcleo de conselheiras do projeto é formado por jornalistas, sociólogas, economistas, estilistas, publicitárias, executivas e empreendedoras, entre elas:

Andrea Álvares – VP da Natura, Camila Gaio – Editora da Elle, Carla Caldas – Gerente de Trade da LG, Fabiana Grieco – Coordenadora de Comunicação do Senac, Camila Costa – CEO da agência ID, Karla Brandão – VP de Comunicação da HEINEKEN, Maria Sylvia, do Geledés, Letícia Bahia – Revista AZmina, Eliane Dias – CEO Boogie Naipe, Carolina Ruhman – CEO do Finanças, Diane Lima criadora do projeto NO BRASIL, Priscilla de Sá – Coach de liderança feminina, Femininas, Luciana Micheletti – do Drama Queen Zen, além do site Razões para Acreditar.

A ideia é criar um banco de talentos à disposição de meninas, para que elas tornem seus planos realidade e ele será ativado a partir do mês de março.

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Fotos: Divulgação

Ditadura do Bojo

De repente, o bacana era ter peitos grandes, avantajados e siliconados. Perdi a conta de quantas amigas colocaram silicone, também perdi a conta de quantas vezes me perguntaram, se eu havia colocado silicone. “Não, eu nunca coloquei silicone, os meus peitos são meus, deste tamanho, sim senhor, desde quando eu me tornei uma adolescente”.

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A mania seguiu firme, quem não podia por vários motivos – financeiros, medo de operar, coragem para uma mudança mais radical e definitiva, enfim- colocar o tal do silicone, arranjava um jeito de fazer pelo menos ele parecer maior. Surgiram uma infinidade de sutiãs cheios de bojo, bojo grande, bojo pequeno, bojo pela metade, bojo, bojo e mais bojo.

Não acredita?! tente entrar em uma loja de lingerie e peça um sutiã ( não especifique o tipo), a vendedora nem pergunta, sai logo mostrando uma coleção deles, todos de bojos (obviamente), todas as cores, formas, tamanhos e preços. Simplesmente, não se para um minuto, para pensar que uma cliente possa não quer algo sem bojo.

Essa situação, um tanto quanto irritante e bem particular, eu passei a chamar de “Ditadura do Bojo”. Afinal, aonde estão os sutiãs sem bojo?! me respondam?! ah, não vale top, ok?! top tem de monte, todos eles sem bojo. Eu quero sutiã, sutiã, SEM bojo. Pode ser bonito também, viu?! não precisa ser, com cara de vovó.

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Afinal, existem mulheres (como eu), que não gostam de aumentar seus peitos, além do que eles já são grandes ou que, estão satisfeitas e muito bem resolvidas, com seus peitinhos pequenos. Ninguém quer aumentar ou diminuir, apenas usar um sutiã confortável, bonito e sem o maldito bojo.

Não quero de jeito nenhum, ficar com os peitos de uma daquelas modelos da Victoria Secret, até porque não tenho o tamanho delas, a magreza delas, o corpo delas, nada delas. Aquela cafonalha sem fim, daquele desfile das Angels, que só mostram sutiãs cheios de bojo, até o pescoço, me cansam. STOP, PLEASE!

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Gifs: Reprodução