#Nos40DoSegundoTempo

O sexo da mulher de 40

Na minha época de escola não existia essas modernidades de aula de educação sexual, que pena, fico imaginando quantas de nós passamos apuros por falta de informação e pura ignorância. Falar sobre sexo abertamente não era tão simples assim, eu e minhas amigas hoje em dia somos o oposto do que éramos na adolescência. A gente conversa e, conversa muito sobre sexo, falamos de sexo sem tabus, fazemos descobertas íntimas, trocamos dicas sexuais, mas o que é mais importante nessa roda de conversa, foi aprender que os sexo faz parte da saúde feminina.

Com a chegada dos 40 anos, nada mais natural do que tirar algumas MUITAS dúvidas com quem fala da maneira mais simples e descontraída do universo, uma sexóloga. Marina Vasco além de, minha amiga é também psicoterapeuta e sexóloga, especialista em questões dos universos feminino e masculino. Um fera no assunto. Ela fala de sexo com a mesma naturalidade com que, fala sobre os preço dos alimentos no mercado, isso faz com que a gente não sinta envergonhada e a nossa timidez logo desaparece, dando início aos assuntos mais “picantes”.

A Marina sempre me falou sobre a diferença entre a mulher e o homem, em relação ao sexo “Dizemos que a mulher tem o desejo mais responsivo e o desejo do homem é mais espontâneo”ou seja a gente precisa de mais estímulos do que eles. Será que com a chegada da meia idade, nós mulheres vamos perdendo o desejos sexual?! como nos sentimos em relação ao nosso corpo nu?! as perguntas eram muitas, por isso, eu resolvi gravar um vídeo com ela, pra gente começar a falar um pouco sobre essas questões.

Assim, surgiu o primeiro vídeo da 1* Temporada do #Nos40DoSegundoTempo sobre as questões femininas das mulheres dos 40 anos de idade. Na verdade o vídeo vale para todas nós mulheres, enfatizei mais no fator da idade, simplesmente porque vive esta idade, tenho dúvidas, tenho receios e queria fazer essa troca com vocês.

MULHERES

Em um estudo, publicado no periódico científico The Journal of Sex Research, podemos observar as vantagens da idade.

“Foi apontado que, apesar da frequência sexual ser reduzida, as mulheres disseram que suas vidas sexuais melhoraram com a idade. Segundo um estudo apresentado no Congresso da Sociedade da Menopausa da América do Norte, de 2016, isso pode ter relação com o fato de as mulheres heterossexuais sentirem-se mais confortáveis sexualmente com o passar do tempo, tanto pela autoconfiança como pela comunicação com o parceiro, em relação aos primeiros anos de vida sexual.

Em outras palavras, com o tempo, as mulheres tendem a se concentrar menos na frequência e mais nos aspectos emocionais e íntimos do sexo – ou até no conhecimento do próprio corpo.

Para os pesquisadores, a idade permite que os parceiros se concentrem mais na quantidade e qualidade do sexo do que na frequência. Afinal, o sexo mediano pode levar à insatisfação sexual em um relacionamento, enquanto uma relação de qualidade, mesmo que de vez em quando, pode ser mais efetiva”.

Lá na época da minha adolescência, onde a troca de informações fez falta para muitas meninas, eu não queria chegar nessa fase sem elas. Por isso, para as mulheres de hoje, um pouco mais de informação sobre sexo.

Assistam ao vídeo, compartilhe e se inscreva no meu canal. Com vocês: Marina Vasco & LuMich

Direção e Edição: Wellas Diniz

Quando a gente se une!

Desde que eu comecei a estudar e me aprofundar mais nas questões sobre o feminino e a terapia holística, eu passei a acreditar cada vez mais no entrelaçamento quântico entre as pessoas. Não à toa, a gente esbarra com uma pessoa que acabamos de pensar apenas algumas horas depois ou recebemos uma mensagem de alguém a quem estávamos prestes a fazer o mesmo, não é mesmo?!

Há quem chame isso de coincidências do destino, eu prefiro dizer que são as ondas mentais, entrando na mesma frequência. Sempre acreditei que a união faz a força, que um coletivo feminino é estranhamente poderoso, na prática as minhas experiências sempre foram muito ricas a ponto de mexer com vários paradigmas meus. Elas, sempre foram boas e me deram muita experiência, recentemente eu descobri o quanto elas são poderosas internamente. É, verdade, eu já fazia parte de alguns grupos de mulheres, tanto pela internet quanto alguns grupos de amigas ou outras parceiras, todas ligadas pelo mesmo propósito: incentivar e ampliar as conquistas femininas. Então, experiência com mulheres sempre houve. Dessa vez, a experiência foi um pouco diferente, um petit comitê de 5 mulheres.

Inclusive, eu criei o projeto #Nos40DoSegundoTempo { AQUI } que está criando asas a cada dia, tenho ótimas perspectivas no horizonte e em breve, teremos o nosso segundo evento para nós mulheres.

Meu universo feminino conspira a meu favor.

Diante de todas essas conquistas particulares, frutos do meu autoconhecimento, eu passei a um segundo estágio, o de  me desnudar por inteira, eu venho trabalhando dessa maneira há algum tempo. Isso vem me levando à constantes descobertas, insights e aprimoramento (com afinco) nas mudança das minhas sensações negativas, afinal elas devem estar em alinhamento com a minha narrativa. Nada adianta narrar um sentimento, se eu sinto de outro jeito. Vejo com frequência nós mulheres sentirem de uma forma e externarem de outra.

As dores são perturbações da mente

Foi aí que a união faz a força. Diante de tantas aulas, muitas dúvidas e uma enorme curiosidade em desvendar os mistérios do nosso subconsciente, decidimos criar nosso grupo de estudo/terapia. Pode parecer ousadia da nossa parte, afinal estamos em formação, mas desde que começamos só tivemos momentos extremamente enriquecedores e, eles mostraram o quanto está valendo a pena essa união. O trabalho é árduo, o que se vê na ponta do iceberg pessoal de cada uma de nós é só uma pequena parcela do que se encontra por debaixo dele, nossas memórias são seletivas, elas escondem o sofrimento e a dor aparentes, mas não deixam de se manifestar no nosso dia a dia, muitas vezes em forma de doença. Por isso, essa reforma interna e tão intima faz com que, a gente passe a reconhecer o nosso valor e se livre da culpa.

  • Mente consciente = a existência
  • Mente subconsciente = o arquivo das nossas crenças
  • Mente Inconsciente = a memória implícita/explícita

Tapar o sol com a peneira nunca foi muito eficiente, não é mesmo?! então, se deparar com quem você realmente é de verdade sempre será a melhor saída pra sua autoestima. Valorizar o seu lado bom, perdoar o seu lado não tão bom assim, enfrentar suas limitações de frente, tentar superar seus medos de peito aberto e, no meu caso ver o que a chegada dos 40 anos está me proporcionando de bom, e aceitar o que tem de ruim, sem me tornar uma vítima da idade muitas vezes estigmatizada, criando uma estratégia mental a meu favor.

Recomendo MUITO que nós mulheres criemos pequenos grupos entre nós, quantas vezes temos problemas e não temos recursos para buscar ajuda de profissionais, cada uma de nós tem sempre um pouco pra passar, pra ensinar ou apenas para amparar. UM abraço apertado muitas vezes basta pra mudar o nosso humor e criar esperança aonde não se tinha mais.

Não costumam falar que nós mulheres não sabemos ser amigas umas das outras?! que a inveja e a intriga rola solta?! essa foi a maior crença coletiva inventada na história até hoje. Crescemos e ouvimos essa ladainha. Ok, o mundo não é cor de rosa, mas também não é 100% traiçoeiro. Dá mesma maneira que, a nossa mente encontra “sem querer” aquela pessoa, podemos fazer o mesmo com nossas amizades. Encontrar amigas que estejam na mesma sintonia que a nossa e, se for o caso desapegar de amizades antigas que não acrescentam mais nada, pode ser o caminho pra nossa liberdade. A vida é feita de ciclos, as amizades também são assim.

Muitas mulheres me ensinaram muitas coisas, mesmo aquelas que me fizeram sofrer. Acredito que eu também fiz o mesmo tanto para o bem, quanto para o mal, com outras tantas mulheres, mas não é porque existe  “uma fama” entre nós mulheres que, não exista a união verdadeira. Somos muito melhores que as fofocas e as intrigas criadas. Somos mulheres e amigas. Nossa evolução está atrelada a novos horizontes, novas “famas” e mudanças de conceitos pré-estabelecidos. Por isso, eu sempre vou acreditar: A união faz a força!

As máscaras {ou buraco negro}

Lá na década de 90, Eu, LuMich fui uma estudante de teatro. Minha familiaridade com as máscaras do teatro grego me deram a possibilidade de criar personagens por trás delas. Pra quem não sabe, as máscara surgiram nas festas dionisíacas e, em seguida, foram incorporadas aos principais gêneros de peças daquela época: a tragédia e a comédia.

Um detalhe crucial do teatro com máscaras era que, mulheres não podiam participar das encenações. Sorte a minha, não ter nascido naquele tempo, o machismo abortava a arte feminina. Mas, como eu não vou me aprofundar no tema do machismo, apenas pontuei o fato, eu vou falar mesmo são das máscaras, mas não exatamente as do teatro e, sim as máscaras da vida real.

 

"Quantas vezes nós usamos máscaras durante o dia?!" 

Não adianta dizer que você não fez escola de Teatro no Macunaíma como eu, porque esse papo não é só para atores e atrizes, estou falando de uma maneira geral. Tá bom, vou explicar melhor com um exemplo meu. Eu não sou uma pessoa tímida (já fui muito, na adolescência), geralmente eu consigo transitar bem por onde eu ando, mas eu não estou imune de situações onde eu não me sinta 100% segura ou confortável.

Enfim, nessas minhas andanças pela blogosfera, logo no início do blog, os eventos aos quais eu passei a frequentar nem sempre eram ambientes acolhedores, rolava sempre uma panelinha aqui e outra acolá. Algumas assessorias ou responsáveis por determinadas marcas nem sempre eram gentis, ok, não dá pra querer ser sempre recebida como se fosse pela Tia-avó fofa ou melhor amiga. Fato.

Nessas ocasiões eu vestia a minha máscara de: blogueira bem resolvida, cheia de personalidade, nem aí pra torcida do Flamengo e, muito menos deixava a peteca cair. Ossos do ofício, afinal ambientes hostis estão por todas as parte. Eu precisava era me defender com o que eu tinha nas mãos, digo no rosto, a minha máscara de blogueira power.

Assim que eu virava a esquina, a máscara da power blogger desaparecia, certo?! certo. Caso contrário eu poderia me confundir e transformar uma encenação necessária e momentânea, em uma farsa pessoal eterna. Cair no famoso “Buraco Negro” da máscara.

Levar a máscara pra casa ou pra vida, apenas mascara o nosso vazio interior. A partir do momento em que ela cola no rosto, perdemos a nossa essência. Desaparece a nossa identidade e o risco de passarmos a atuar permanente é um fato consumado. Não saber quem somos – eu não me refiro ao nome e data de nascimento – é o caminho pra uma vida vazia, cheia de atuações grotescas. Assumimos vários papeis durante a vida, muitos deles para agradar aqueles a nossa volta, somos as filhas obedientes, as mães perfeitas ou as workaholic bem sucedidas, enfim somos ou estamos representando o que esperam de nós?!

A gente idealiza uma imagem lá dentro do nosso ego, de repente, passa a vestir a máscara como se ela fosse de verdade. Eu entendo, muitas vezes estamos perdidos nas nossas questões, como: confiança, aprovação e segurança. É tentador vestir a máscara, mas não se enganem, satisfazer o ego para evitar o sofrimento não funciona a longo prazo. A conta chega. Gosto de pensar que o equilíbrio é a incerteza da vida, afinal a vida é imperfeita, então porque raios queremos a perfeição?!

Em tempos de internet, a tentação do uso das máscaras é cada vez maior. Maior também é a tristeza de cada um de nós. Esse papo de aparências a todo custo, tem um preço muito alto a ser pago. Um pouquinho de compaixão, esse é o melhor remédio pra anular o seu e o meu ego. Vamos ter mais consciência de quem realmente somos e, isso não deve estar ligado a palavra sucesso. O sucesso não é um passe livre pra felicidade. Sobre os meus #40NoSegundoTempo eu posso dizer que, ele veio na hora certa, e trouxe sabedoria e autoconhecimento pra eu me livrar das máscaras que insistiam em colar no meu rosto. Hoje eu sou muito mais livre, as máscaras não me dominam…eu domino-as.