#Nos40DoSegundoTempo

Quando eu visitei Hiroshima…

Quem acompanha o blog, sabe que ano passado visitei o Japão, juro, pouco sabia o que eu iria encontrar por lá, fui sem nenhuma expectativa, até porque as minhas informações eram básicas: enquanto aqui é dia, lá é noite, o trem bala japonês é super eficiente, eles fazem origamis, comem peixe cru, usam kimonos, são super disciplinados, excelentes alunos e muito trabalhadores.

Diante dessas informações clichês, desembarquei em outubro e comecei minha viagem que durou 20 e poucos dias, por uma terra maravilhosa. Quanta educação, quanta doçura, quanto respeito pelo próximo, impossível não sentir essas impressões e impossível não comentá-las. O japonês é muito atencioso, mesmo não sendo um povo onde o inglês é muito falado (por incrível que possa parecer), eles estão sempre se esforçando, com um sorriso no rosto para tentar te ajudar de todas as maneiras possíveis.

E foi num dia muito especial, que eu parti para Hiroshima. Conhecer seus valores, sua crenças e suas dores, me fez pensar muito sobre o dia em que os Estados Unidos jogou a famosa bomba nuclear “Little Boy”, sobre uma população civil completamente inocente. A força e o calor inimagináveis fizeram com que sumissem  instantaneamente milhares de pessoas, elas simplesmente evaporaram deixando para trás toda uma estória de vida, sem aviso prévio. Foram atingidas diretamente, aproximadamente 350,000 pessoas expostas as radiações nucleares.

Assim, que eu avistei o único prédio que havia resistido em um raio de 2 quilômetros do epicentro da bomba, senti uma profunda carga de emoção, onde a cada novo símbolo visitado fazia com que meus pensamentos se compadecessem de todas as vítimas desse tragédia humana.

Um dos pontos mais fortes dessa visita foi entrar no Museu – Memorial da Paz – um silêncio profundo de puro respeito se espalhava pelo ambiente, enquanto eu e todos ali, olhavam aquelas fotos de sinais deixados pelos evaporados, mortos e feridos, um único pensamento é unanime, o desespero daquele dia não deve nunca mais ser repetido por nenhuma nação neste planeta.

Vocês podem me perguntar – Vale a pena conhecer um lugar que tenha um passado tão triste como este?! eu prontamente responderei, SIM. É nosso dever espalhar ao mundo mensagens de amor, é diante de tantos horrores, que nos tornamos ARAUTOS DA PAZ!

Japão Hiroshima

Japão Hiroshima

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Japão Hiroshima Japão Hiroshima

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Japão Hiroshima

Japão Hiroshima

Hoje Hiroshima lembra com um minuto de silêncio do exato momento da bomba, jogada a 70 anos atrás.

* Em 06 de agosto de 1945, um bombardeiro B-29, apelidado de Enola Gay, despejou uma bomba de urânio.

*A bomba explodiu a 570 metros do solo.

*Formou-se uma imensa bola de fogo no céu com uma temperatura de 300 mil graus Celsius.

*Estimativas indicam que mais de 140 mil pessoas, tenham morrido.

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* Os feridos procuravam desesperadamente por água.

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* A sombra de uma pessoa sentada nos degraus, foi tudo o que restou, ela foi evaporada pelo calor da bomba. collage

* Quem visita o Memorial da Paz, fica incrédulo com tudo o que vê…destruição, dor, agonia e muito sofrimento, fora ouvir os relatos dos sobreviventes, por meio de fones de ouvidos e vídeos, ninguém sai da mesma forma que entrou.

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* Quantas crianças mortas, quantas vidas ceifadas pelos horrores de uma guerra.

Fotos: DQZ

Minhas praias em Barça

Barcelona, minha querida Barça. Mais um verão passamos juntas, e não foi qualquer verão, sem dúvida eu não me lembrava de ter passado tanto calor por terras catalãs.

As temperaturas diariamente passavam dos 30* graus, tiverem dias em que chegou a bater os 38* graus, com sensação térmica de uns 40 e poucos.

O jeito era ir para as praia aliviar todo esse calor. E falando em praias, Barcelona é uma fartura, tem para todos os gostos e bolsos. Querem ver?!

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La Barceloneta fica em Ciutat Vella e ao lado dos bairros de El Born, El Gòtic, El Poble-sec, La Vila Olímpica, El Raval, Sant Pere/Santa Caterina, Sant Martí e Sants-Montjuïc. Tem 5 kilometros de extensão, ou seja podemos escolher o lugar mais adequado para a nossa conveniência, seja ao lado do agito ou não. Cada pedacinho de praia é dividida por nomes, como se fosse um posto, tipo o nosso Posto 9.

• Barceloneta a praia do centro (ao lado do Hotel W), é também a praia dos guiris (turistas do mundo todo), dos pegadores e pegadoras (adolescente, jovens e tigrões), das massagistas (na sua maioria vindas da Indonésia – puro achismo de quem deduziu pelo rosto!), dos vendedores (indianos, capazes de produzir um barulho insuportável) e cia limitada – leia-se: crianças, mulheres e adultos.

Segue a lista das praias: Praia de Sant Sebastià, Praia de Sant Miquel, Praia de La Barceloneta, Praia de Somorrostro. Todas ficam uma ao lado da outra, bem perto.

• Nova Icària, andando um pouquinho mais para o lado oposto, ou pegando o metrô e parando na estação Ciutadella/Vila Olímpica, você consegue uma praia relativamente mais calma e longe dos vendedores/massagistas. O mar é mais tranquilo, dá pra nadar sem problemas. Uma delícia.

Segue a lista das praias: Nova Icària, Bogatell, Mar Bella, Nova Mar Bella e Llevant. Detalhe, todas essas praias foram construídas para os Jogos Olímpicos de 1992.

• Agora, andando um pouco a mais, você chega nas praias mais afastadas e tranquilas. Praia Gava fica a uns 30 minutos de carro (pra quem sabe o caminho, né?!) a praia tem um dos melhores restaurantes da cidade ~ Kauai ~ frutos do mar, peixe na brasa, além das tapas espanholas. Tudo de primeira, quer ver?! tem mais  AQUI.

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Dicas importantes:

Todas essas praias alugam cadeiras e guarda-sóis (mas em dia cheio, tudo acaba rápido), claro os preços $ variam de acordo com o point.

Se você não quer gastar muito $, leve sua canga ou toalha, todo mundo se ajeita com elas pela areia.

As massagistas cobram cerca de 5 euros para massagear suas costas por 5 minutos, tudo feito de forma, como eu posso dizer, caseira, na sua toalha mesmo. Achei meio nojento, não faria.

Vendedores passam gritando e fazendo barulhos irritantes, escolham as praias sem eles.

Algumas praias são preparadas para cadeirantes, com caminho e cadeira própria para entrar no mar.

Os famosos “Chiringuitos” de praia, oferecem uma variedade de comidas, são ótimas opções para almoçar, comer uma paella e tomar uma cava. Recomendo: Pez Vela e Escribà.

Em frente ao Hotel Arts Barcelona, ficam as boates, seus restaurantes abrem durante o dia para o almoço, já durante a noite, viram balada. A Pacha tem um “chiringuito” delicioso, experimente a comida japonesa deles.

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Enfim, foram dias maravilhosos de muito sol e nenhuma nuvem pra atrapalhar. O único inconveniente era tentar se arrumar no final do dia, depois de um dia de praia neste calor.

Já pararam para pensar, quem consegue ficar bonita pra tirar foto?! imaginem então, foto de “Look do Dia”?! qual maquiagem não vai derrete?! juro, fico admirada do poder, quando vejo as “colegas blogueiras” no saltão e no carão, nas fotos do insta.

Quero ser como elas, quando eu crescer. 🙂

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playa Fotos: DQZ

 

Por que eu vou tirar a minha carteira de motorista internacional?!

Desde que a minha irmã veio morar em Barcelona, pelo menos uma vez por ano eu venho visitá-la. Isso já fazem 5 anos, ou seja, são 5 anos andando de scooter pelas ruas de Barcelona, o meio mais fácil de se locomover pelas ruas de Barça, na minha humilde opinião. Prefiro muito mais do que o metrô, ônibus ou taxi.

Adoro andar de scooter e confesso, que morando em São Paulo não tenho coragem de me arriscar a andar numa, o nosso transito é muito selvagem, os nossos motoboys são muito crazy, eu não me arriscaria a dividir a mesma rua com eles e com os nossos carros, mas aqui é diferente.

A cidade tem outro ritmo, as pessoas estão acostumadas a andar de scooter muito mais do que de carro, ou pelo menos elas revesam entre os carros e suas scooters, por isso fica muito mais fácil passear de motinho, até mesmo quando há trânsito.

LuMich em Barcelona

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Este verão não foi diferente, voltei na mesma locadora do ano anterior e sai de lá com uma scooter a tiracolo, estava feliz e contente para mais uma temporada de férias. Minha felicidade durou exatas 24 horas, até ser parada em uma blitz. Imagem, ser parada em uma blitz em outro país, por um policial gringo, senti frio na espinha, cagaço e o começo de um pré-ataque de pânico.

Um policial enorme espanhol foi logo perguntando que língua eu falava, cacilda, eu tenho cara de gringa?! enfim, comecei a “hablar” o meu “portonhõl” e fui explicando que minha carteira de motorista era brasileira, mas que estava perfeitamente em dia. Quem se importa?! aqui na Espanha, disse ele – Você precisa da CARTEIRA INTERNACIONAL DE MOTORISTA”.

Comecei a sentir que a minha situação não era das melhores e meu xaveco não seria o suficiente para me safar dessa situação com a minha scooter, dito e feito, minha moto foi devidamente rebocada para o depósito da polícia, eu recebi uma multa por dirigir sem habilitação internacional e voltei a pé para casa, segurando o meu capacete na mão (não, não tenho foto desse momento tragicômico).

Conclusão, se eu viajo todo santo ano para Barcelona, se eu alugo toda santa vez uma scooter, porque, eu ainda não fiz a minha PID – Permissão Internacional para Dirigir ?! me digam, porque?! juro, assim que chegar ao Brasil, essa será uma das minhas primeiras providências a serem tomadas, com certeza. Nada mais de ser pega na blitz, nunca mais.

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* Já fiz a minha pesquisa, parece que a coisa é mais simples do que eu imaginava, AQUI no blog 360 Meridianos, eu encontrei a resposta para as minhas dúvidas.

Fotos: DQZ/Reprodução