Achei tanta graça quando a minha amiga Bia escreveu a seguinte frase, numa foto minha no Instagram – “Nasce uma baladeira”. Como diria a expressão de língua inglesa que, eu adoro repetir porque capta a essência da coisa toda “Never in my wildest dreams…” Nem nos meu sonhos mais selvagens, eu poderia imaginar o quanto eu iria gostar das baladas de Mykonos.
Eu que não sou dada a elas e, muito menos a agitos noturnos, me vi uma quase adolescente baladeira. A minha filha – a verdadeira adolescente da casa– certamente, perderia o seu posto oficial (para mim) naquela semana.
Sempre me considerei meio ranzinza pra essas coisas, não tenho muita paciência e a menor disposição quando se trata de baladas, show então, nem pensar – sou do tipo que, gosta de sentar e ouvir uma música confortavelmente. Sou a primeira a sair à francesa dos agitos. Nada de multidões e muito menos festivais. Adoro um sofá acolhedor. Essa, eu posso dizer que até então, tinha sido a minha versão de sempre.
Primeiro, preciso voltar um pouco no tempo para eu ser compreendida melhor (tipo uns 20 anos atrás), pouca coisa, começo narrando a pressão que eu sofri por uma vida toda, simplesmente pra deixar de ser a chata que nunca bebe – nunca gostei de beber, isso era um fato imudável – no final de qualquer comemoração, festa de aniversário ou reunião de amigos, eu sempre sabia quem tinha dado aquele vexame, quem tinha vomitado na privada, quem tinha brigado com o namorado e, principalmente quem tinha sido inconveniente.
Obviamente, sobrava para mim, o encargo de socorrer os que davam P.T. (perda total). Por conta disso, eu era uma espécie de detentora de todos os segredos ou podres, de qualquer aglomeração acima de 2 pessoas.
Meu marido, foi um dos meus maiores críticos durante esses meus anos de Lei Seca. Pra ele, o único lado bom era que, eu sempre voltava dirigindo de todos os lugares. Mas essa fama aos poucos foi ficando no passado, comecei depois de muita insistência com um copinho aqui, dois copinhos de vinho ali, até cair na gim tônica – dizem que ela não engorda, não dá ressaca e deixa a gente bem feliz rapidinho. Realmente, tudo isso é verdade. Pois bem, passei a beber socialmente, finalmente ninguém mais podia reclamar da minha chatice/caretice.
Bom, o que Mykonos tem com toda essa ladainha?! foi lá que – “Nasceu uma baladeira”, segundo a Bia.
Podemos dividir a minha vida da seguinte maneira.
LuMich antes de Mykonos/AM.
LuMich Depois de Mykonos/DM.
Essa viagem não foi apenas um destino aleatório, ela tinha um motivo, comemorar o aniversário de um amigo que faria 50 anos – é, eu já estou na fase de comemorar os 50 anos dos amigos – o tempo voa. Enfim, nada mal “precisar” ir pra Mykonos comemorar, não é mesmo?!
Meu único medo nessa viagem era um só – o ritmo daquele povo todo – se aqui em São Paulo eles não param nunca, imaginem na Grécia/Mykonos. Eu fui logo avisando o Beto – “Quando eu me cansar, já sabe…eu saio à francesa”. Eu não tenho esse pique todo, não. Ledo engano para minha própria surpresa, eu não só cai na balada, como eu precisei ser resgata de uma (já conto tudo). Fui tomada pelo espírito de uma bateria do tipo Duracell, não parei mais de dançar durante uma semana. Confesso, eu fiquei impressionada comigo mesma.
De ranzinza a baladeira.
Por isso, eu sou a pessoa certa pra te ajudar a descobrir as melhores baladas de Mykonos, melhor ainda, como se comportar nelas. Se bem que…deixa pra lá, não tinha ninguém sóbrio mesmo, eu deixei de ser a sóbria da vez (eu até tentei passar, mas ninguém aceitou o meu bastão).
SantAnna
Essa aí na foto do Instagram sou Eu, Euzinha, dançando até o anoitecer. Não me pergunte sobre o lugar em si, tenho poucas lembranças, só posso dizer que a música era muito boa. Do tipo daquelas que sempre tocam em festa de “pessoas maduras”, ou seja, tem letra pra ser cantada.
Aperta o Play!
Olha, o copinho de gin na mão, minha genthyyyyyy.
Mykonos tem um monte de Beach Clubs, todos são maravilhosos, descolados e super animados. Por isso, não precisa de muito pra ser feliz por lá.
Escolha o seu tipo de música, sua vibe e se joga!
Scorpions
Aqui, no Scorpions eu gostei mesmo, disso: (1) assistir ao pôr do sol, (2) a comida e (3) a lojinha – Caravana era o nome dessa lojinha super especial, as roupas eram feitas de maneira totalmente artesanal e, detalhe, só existem 3 lojas no mundo todo, por isso não deixe de visitá-la – já, a música era muito bate estaca pro meu gosto. Quando começou a ferver, eu saí à francesa.
E, pra não deixar esse post gigante, vamos pro final do nosso – TOP 3 – e, a última balada a ser narrada hoje é:
Nammos
Nem sei como começar a descrever esse dia. Era aniversário do Beto, ou seja era o dia dele chutar o balde supostamente, mas na verdade quem chutou fui Eu, Euzinha. Sabe que no final eu adorei isso, sempre eu fui a pessoa que cuidava de tudo e de todos, principalmente dele (diga-se de passagem). Nesse dia eu fui cuidada. Beto ficou de olho em mim. Revange.
Passamos o dia na praia, bebendo e aperitivando (óbvio). No final da tarde a intenção era almoçar, mas a vibe do lugar já era a seguinte a essa altura, música alta pra todo mundo subir nas mesas. Eu subi no sofá, quando tentei subir na mesa, derrubei um monte de coisas, quebrei um copo e desisti. Então, fiquei pelo sofá mesmo.
Fiz novas amizades. A música é universal, alegrinha todo mundo vira amigo. Descolei duas turcas e viramos as melhores amigas da balada, dançamos Anitta juntas. Óbvio, não poderia faltar o hit do verão Europeu – Despacito – que enlouquecia a galera (o vídeo da dança está censurado).
A noite começou a cair e o nosso “motorista” do barco, estava quase deixando a turma toda por lá a deriva, todos decidiram voltar, na verdade eu fui resgatada nesse momento, porque eu não sabia qual era mais o meu nome naquele momento.
Dessa vez foi a Martina que, no dia seguinte me disse outra frase impactante a meu respeito, só que proferida por mim mesma em um momento de pura rebeldia, já que, eu estava sendo levada de volta pro hotel contra a minha vontade. Eu, que sempre queria sair de fininho primeiro de todos.
Tudo foi devidamente filmado e instagramado, por todas as testemunhas presentes, eu passei de detentora dos segredos alheios a bola da vez. Sobre a frase, foi essa aqui – “Fucking Balada Boa”!!!!! porque estão me levando embora?! Sem mais. Fim.