“Eu acho que cada um tem a sua liberdade de fazer exatamente o que quer”

É com essa frase da mais conhecida eco-girl brasileira, que eu começo esse post. Não é por mero acaso, que eu à escolhi para ser a minha entrevistada, sobre um assunto polêmico que rondou ultimamente as mídias socias – o uso de pele por parte de algumas blogueiras.

Chiara Gadaleta, expressou sua opinião de forma consciente e sem extremismo, até porque ela não acredita que essa seja a melhor forma de conscientização.

Para ela o uso de pele num país tropical como o nosso não se justifica, pensar em países com frio extremo como o Alaska, onde a questão passa a ser de sobrevivência a situação pode ser entendida.

O ato de consumir também e um ato político, ela afirma que a sua jornada em moda sustentável é feita com pessoas que compactuam com um mesmo pensamento, mas que existe espaço para que as pessoas mudem de ponto de vista e embarquem em um novo pensamento, como um movimento natural.

Para ela, existe um descompasso entre a moda e o meio ambiente, e que não deve exister preconceito na sustentabilidade. Chiara diz que “o importante é você tocar a pessoa e ver se a mensagem cola, trazendo soluções e opções, informando e educando, porque simplesmente criticar e julgar, esse não é o melhor caminho”.

Diante, do terremoto que se tornou a polêmica na rede, eu resolvi me posicionar, até porque tenho post vestindo colete de pele – o primeiro colete eu comprei há mais de 15 anos e o outro foi um presente dado, também há alguns anos atrás.

E foi a partir do momento em que pela primeira vez, através da internet eu assisti um vídeo que mostrava o sofrimento e a forma cruel de animais sendo mortos para o uso único e exclusivo de se tornarem casacos de peles, que eu tomei duas atitudes, a primeira de que eu me filiaria ao PETA – People for the Ethical Treatment of Animals  e a outra que eu nunca mais compraria uma pele na vida.

Minhas promessas foram cumpridas, e a elas eu acrescentei mais uma – deixaria de comer foie gras, porque depois de descobrir como era obtido o famoso patê, feito através de um processo de engorda a força, onde o animal é submetido a todo tipo de sofrimento até sua morte, eu abandonei essa iguaria.

Não sou uma eco-girl 100%, tenho muito o que melhorar e evoluir, mas confesso que quando sou pega de jeito por uma informação e passo a me identificar com ela, tento fazer o meu  melhor – eu ainda tenho as duas peles, mas não por falta de amor aos animais ou porque deixei meus princípios de lado, mas sim pelo simples fato de como parte de um  processo de sustentabilidade, não vou jogá-las fora, eu as uso em viagens internacionais onde se faz muito frio – mas, agora eu soube através do PETA, que eles tem um programa de doação, quem sabe num futuro próximo eu as-doe?!

Sobre as blogueiras acusadas de sangrentas, talvez o melhor caminho como disse a Chiara, seja a conscientização natural feita sem demagogia, ninguém pode ser acusada de maneira leviana sem a chance de uma defesa real. O diálogo e um engajamento sério, é sempre o melhor caminho.

Ao invés de criarmos dois times rivais, vamos nos unir para um debate maduro com um só propósito, o bem estar dos animais.

Vídeos: PETA

Fotos: DQZ

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