Nunca uma definição fez tanto sentido pra mim, como essa – “ageless generation” – nesse exato momento da minha vida. Quando eu era mais nova, a insegurança era uma constante no meu dia a dia. Não que hoje eu esteja imune a ela, não é isso, eu estou mais descolada pra lidar com ela, é, diferente. Isso significa que eu estou mais madura, mais dona do meu nariz.
Os 40 anos chegaram com uma crise e mesmo assim me trouxe mais autoestima, parece paradoxal, eu sei, mas foi depois dessa crise, onde eu me vasculhei por dentro, que eu pude ver tudo o que estava errado, tudo que me incomodava ou me fazia sofrer. Foi aí que percebi o que eu estava fazendo contra mim mesma (mesmo inconsciente), mudei, não foi da noite pro dia, não foi simples, eu entrei bem profundamente por dentro dos meus sofrimentos até que, eu comecei a entender de onde vinha toda aquela minha insegurança.
A minha busca por uma aceitação geral, sempre me frustou. E, como ela não existe, porque isso é buscar o impossível, muitas vezes nos tornamos autodestrutivas. Não cheguei a nada radical, bem longe disso, mas a gente sabe o que tudo isso causa dentro de nós, não é mesmo?! então, eu só tenho que agradecer a chegada dos meus 40 anos, foram eles que me fizeram ter autoconhecimento sobre os meus sentimentos. Parei de compensar o que faltava dentro de mim, com um maior controle das minhas emoções.
Ser uma mulher considerada sem idade é muito animador. Passei a pensar no meu envelhecimento como uma forma positiva, isso virou um grande bônus. Não tem idade cronológica que possa barrar as minhas descobertas. Não acho que todos os setores da sociedade estejam alinhados com essa nova mulher, aquela que não se importa com a verdadeira idade do papel, acho por exemplo que, a moda ainda não absorveu esse conceito até a raiz. Raramente, vemos mulheres de 40 anos (pra cima), estampando as capas das revistas ou fotografando ensaios de moda. Desse jeito é muito difícil criar uma identificação com esses veículos. Somos esquecidas com frequência por eles. Eu sei, alguns estilistas “usam” mulheres mais velhas ou fora dos padrões em seus desfiles, mas isso é apenas uma parte ínfima de representação.
Com todo esse processo, eu resolvi falar sobre as mulheres da minha idade. Contar sobre as minhas angústias e felicidades. Queria dar uma maior visibilidade para nós, trocar experiências, discutir questões relacionadas a menopausa, padrões estéticos, falar da nossa aparência de uma forma positiva, enfim, falar muito e escrever sobre o tema até que, o medo de se aproximar dessa idade não nos assuste mais. Valorizar o que o temos e amenizar nossa dura crítica em nós mesmas.
Então, foi quando eu criei o – #Nos40DoSegundoTempo – acho que, o nome não poderia expressar melhorar o que queremos passar. Essa urgência que surge e parece que não vai dar mais tempo pra nada. Mas quando percebemos temos todo o tempo do mundo. Não é mesmo?!!
Esse é o nosso primeiro encontro, estou super ansiosa e contando com a presença de TODAS vocês!!! uma turma muito especial vai bater um papo bem íntimo sobre esse universo feminino dos 40, em que habitamos. Eu, a Dra. Elaine Dias, a Juliana Ozaka e a atriz Simone Gutierrez, já estamos prontas para te receber!!
Vem com a gente!!!!
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