Esses últimos dias foram super intensos, pela primeira vez eu participei do FASHION DAY IN 5 – Verão 2014, não na função de blogueira de moda, mas sim, como parte da equipe de produção do evento.
Recebi o convite das idealizadoras Fran Monfrinatti e Carol Macea, que já estão na quinta edição do evento. As meninas são porretas, trouxeram para as passarelas: Noir – Lelis, Lolita, Marc by Marc Jacobs e o estilista de moda praia afastado dos defiles desde 2009, Amir Slama.
Mas, esse post não é pra falar de desfiles e sim da minha experiência profissional de um ponto de vista completamente novo.
Tudo começou no dia anterior, eu cheguei pontualmente às 10 horas da manhã no MuBe – Museu Brasileiro da Escultura – para as primeiras coordenadas entre a nossa equipe, que foi composta por uma boa parte de estudantes universitários.
A primeira impressão é a seguinte “Nossa será possível em apenas um dia deixar tudo pronto e preparado para 4 desfiles de moda?!”.
Uma a uma, as entregas começam a chegar. A parte de decoração começa a tomar forma bem devagarinho, assim como a sala de desfiles, mas não se enganem, porque ainda tinha muito trabalho por vir.
O tema escolhido para essa edição foi a BAHIA e todo o seu clima descontraído de ser. Um enorme painel foi pintado trazendo todas as características do Quadrado de Trancoso.
Para o primeiro dia, muito hard work (trabalho duro) e correria pra deixar tudo perfeito.
E assim, como em um passe de mágica, no dia seguinte, tudo estava pronto e no seu respectivo lugar
Olha só como ficou a decoração, lindíssima, né?!
Agora, a segunda parte do trabalho foi completamente diferente, minha função era a de coordenar tudo o que acontecia pelo evento, saber se tudo funcionava de acordo com o previsto ou não, caso contrário eu tinha que dar um jeito, afinal imprevistos sempre acontecem.
Mas, no final das contas o lugar que mais precisou de mim foi a sala de desfiles. E, eu só tenho uma palavra para descrever o que foi aquilo – LOUCURA.
Primeiro, você precisa fazer a entrada da FILA A, todas as pessoas se consideram aptas a fazer uso dessa fila, mas na verdade não são todos que podem e, é aí que começa toda a loucura.
É celebridade que fala que vai chegar e não chega, enquanto isso temos que deixar o lugar reservado, do outro lado tem todo tipo de imprensa forçando a barra pra ter seu lugarzinho na frente.
De repente a mulher do estilista sai gritando na sua cara, porque o lugar dela estava ocupado (detalhe – não estava), gente importante que chega faltando apenas 2 minutos pro desfile e você tem que fazer brotar um lugar na fila A, enfim, além de uma ótima crônica, com o sugestivo título “Todo mundo quer ser Fila A”, o uso da diplomacia e da paciência se fazem necessárias.
Durante todo o tempo eu usei aquele rádio de comunicação, que simplesmente dá vontade de jogar na parede muitas vezes, enquanto uma pessoa está falando em frente a você, uma outra voz do além começa a fazer perguntas na sua orelha. É necessário muita concentração nesse momento pra não parecer louca.
* Ah, eu não posso deixar de falar sobre os brindes (ou jabás), a galera, literalmente, se mata por eles, algumas pessoas reclamam que passaram a mão e exigem serem ressarcidas do “furto”.
Já outras, são super carinhosas agradecem, são gentis, não se incomodam de sentar na FILA B, e até cedem seus lugares.
Enfim, o trabalho foi intenso nesses dois dias, mas valeu cada segundo, pela experiência, pelos bons contatos, pelos desfiles e pela novidade em si, eu até descobri que levo jeito pra produtora de eventos de moda. Alguém quer me contratar?! 🙂
Fotos: DQZ e Marcia Gamma