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Depois da aventura Pantaneira em que o Beto me meteu, chegamos a BONITO. Lá o tempo melhorou, esquentou e eu ingenuamente pensei que faríamos apenas passeios contemplativos – ledo engano – agora, ao invés de trilhas o negócio era água.

Primeiro passeio foi escolhido por mim e, como boa noveleira que sou, escolhi a gruta do Lago Azul, aquela da novela Alma Gêmea. Logo na entrada você pensa duas vezes se vai ter coragem de entrar ou não, os 100 metros de degraus irregulares de pedra dão a impressão de que a qualquer momento você vai rolar gruta abaixo, sem escalas.

Mas, devo confessar que vale a pena cada metro decido e cada metro subido, porque o lugar se transforma a cada instante e, por fim, a visão do lago com um azul degradé é maravilhosa.

Na sequência, fomos ao Aquário Natural fazer nossa primeira flutuação, outfit de neoprene e lá fomos nós – tudo razoavelmente tranquilo por enquanto.

No dia seguinte, mais uma flutuação, só que agora no Rio da Prata. Porém como diria Drumond “tinha uma trilha no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma trilha”, 1 hora andando pela mata com uma desconfortável roupa de neoprene de manga comprida.

Flutuamos por quase 2 horas, quando o guia aponta para nós e diz: “vocês esperam aqui nessa plataforma”, imediatamente meu olhar apavorado se voltou para o meu querido marido.

Esperamos alguns minutos quando um outro guia surgiu e me ensinou, em apenas 5 minutos de aula, como mergulhar. Fala sério: alguém pode aprender a mergulhar em apenas 5 minutos?? Pois foi isso o que aconteceu comigo, em meio a minhas reclamações, e quando eu vi já estava debaixo da água, tremendo e prestes a ter uma crise de pânico – essa eternidade durou 50 minutos – e o engraçadinho do guia me colocava naquela imensidão segurando um tronco para tirar fotos, não sei como não morri.

Fim da agonia… finalmente fomos a um passeio para contemplar, o Buraco das Araras, e nesse eu me diverti, tirei fotos e conseguei relaxar vendo e ouvindo um bando de araras vermelhas indo para lá e para cá.

E depois de tantas aventuras radicais, um flanax para tirar a dor do meu corpo moído, eu agora mereço voltar à minha vida urbanóide!!

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Fotos: DQZ