Definitivamente, é indispensável visitar o lado argentino das Cataratas. O melhor para quem está hospedado do lado brasileiro, é “alugar” um motorista para levar para o outro lado. Foi exatamente isso o que fizemos.
Acordamos bem cedinho e saímos rumo a Argentina, o trajeto leva umas duas horas, mas vale cada minuto. O bom de ir com um motorista credenciado é poder passar pela imigração argentina mais rápido, afinal existe uma fila para esses profissionais, o que agiliza bastante a passagem ~ mas claro, existem outras opções de transporte, como ônibus, carro particular, taxi, etc.
Chegamos no Parque e fomos direto pegar o trenzinho ~ esse trem demora para chegar, formando uma fila bem grande, os intervalos são de 30 minutos, por isso o melhor é ir direto para a Garganta do Diabo ~ foi o que fizemos. Ah, existe um trilha para quem não tem paciência de ficar esperando a sua vez de entrar no trem, porém ela é bem longa, e, eu não arriscaria, a não ser que você adore uma caminhada.
Mas não se empolgue, o fato de pegar o trem não te deixa na boca do gol, ainda é preciso andar bastante por passarelas, até finalmente chegar no seu destino. E que destino. O lado argentino te proporciona uma experiência ainda mais selvagem, afinal a proximidade com as quedas são impressionantes e aterrorizantes ao mesmo tempo.
A minha sensação quando cheguei próxima da Garganta do Diabo foi de puro êxtase, nunca vi uma queda d’água tão poderosa em toda a minha vida, eu simplesmente fiquei maravilhada. É tudo tão grande, tão forte, tão escandalosamente lindo, que fica difícil saber se a gente admira o local, mesmo tomando aqueles espirros de água das quedas na cara, ou se paramos para tirar fotos. Na dúvida faça os dois.
Depois de conhecer o ponto alto do parque, se prepare para andar ainda mais. Existe outros dois circuitos para conhecer: superior e inferior. Um passa por dentro da mata e outro por passarelas, não deixe de caminhar pelos dois, a vista por outros ângulos das cataratas é tão bela quanto a principal, durante a caminhada você vai se deparar com cachoeiras menores, precipícios, fora a sensação de estar muito próximo da natureza.
Pelo parque existem algumas lanchonetes e restaurantes para turista, eu recomendo fazer um pit stop para devorar uma empanada de queijo e deixar o almoço para um restaurante argentino de carnes no caminho de volta. Pelo menos foi isso o que fizemos.
Agora, vá preparado psicologicamente para caminhar muito se você quiser conhecer tudo, porque o passeio é cansativo, mas deslumbrante, com toda certeza. Eu não deixaria de conhecer todos os cantinho do parque, afinal a cada pedaço é uma surpresa da natureza. Deixe para descansar no hotel.
Fotos: DQZ/Reprodução