#Nos40DoSegundoTempo

Egos que ecoam…

Quem são eles?! Aonde vivem?! Porque se reproduzem rapidamente?!! Esse é o padrão dos meus diálogos interiores, e, muito provavelmente dos seus também.

Pense em um problema – não precisa ser um dos mais problemáticos e cabeludos, não – agora, pense numa situação específica e no seu desenrolar natural. Bingo, você ganhou o bolão, diga adeus ao sono revigorante, sua cabeça vai dar looping – problema gera mais ansiedade, ansiedade gera mais problema – Aliás, é justamente na hora mais prazeroso do dia, digo da noite, a hora de colocar a cabeça no bendito travesseiro, lá estão eles a nossa espreita. Seja para a felicidade ou para a tristeza, os diálogos interiores e o nosso ego idealizado.

Não vou problematizar o meu motivo, ele é bobo, sem importância, mas ganhou um upgrade pra classe executiva na minha cabeça, e, me fez perder horas preciosas de sono. Uma simples discussão de conceitos, nada que passasse de um ponto de vista divergente entre duas pessoas, foi garantia de aborrecimento pra mim. Claro, eu queria vencer, ou melhor o meu ego queria.

Não vou entrar no mérito da questão, mas o motivo me deixou simplesmente irritada. Por vezes, eu me peguei narrando o ocorrido mentalmente, repetidamente, pensei em várias respostas lacradoras, além de pequenos “sadismos” psicopatas, como arrancar a língua do(a) indivíduo. Ok, isso foi só pra alimentar o drama no texto, eu nunca faria isso. Faria?! momento risada diabólica.

Enfim, que porra é essa que, faz a gente perder o sono, e, por vezes a saúde?!

Porque, ficamos remoendo uma discussão sem importância pra nossa vida?! o que eu ganho com isso?! Nada. Observe o seu corpo e suas reações num futuro próximo, tipo horas depois, será que uma enxaqueca ou uma dorzinha de estômago vai dar os primeiros sintomas em breve?!

A resposta está no nosso EGO IDEALIZADO, aquele que faz com que tenhamos uma expectativa acima da média, que consegue mudar a nossa emoção e a nossa razão negativamente, pra um emaranhado de falsas análises. Na verdade o nosso Ego não tem nada de ruim (todo mundo tem um), desde que a gente consiga se livrar do apego à ele, caso contrário ele vai causar sofrimento, pode apostar comigo. Muitas vezes, a dificuldade em desapegar, causa tanta frustração que, o corpo sente seus efeitos colaterais e adoece.

Tem pessoas que miram pra raiva, agressividade e se transformam em resignadas. Outras são depressivas, a mente sofre junto do físico. Entre egos reais e idealizados, podemos concluir “A gente só vê o que os nossos olhos querem ver…”, é, de acordo com a nossa realidade que projetamos o “Eu” idealizado.

Borá trabalhar esse ego que, não cabe dentro do corpo e da mente. Borá se livrar das falsas idealizações e borá viver com a realidade. Não é fácil, mas é possível. Eleve a sua autoestima, trabalhe seu autoconhecimento que, essa dupla juntas, podem fazer verdadeiros milagres por você e por mim.

Chegar #Nos40DoSegundoTempo foi e continua sendo um aprendizado constante, envelhecer é um momento cercado de estigmas e tabus, então imaginem o ego como passa por ele, não é mesmo?! não dá pra descuidar, não dá pra se largar em falsas expectativas, aceitar a passagem do tempo é um trabalho de desapego. Um trabalho de felicidade interna. Queira o seu bem, sempre, aplique esse conceito no seu dia a dia, nas suas questões cotidianas, se pergunte “Quem tem razão, você ou o seu ego idealizado?!”.

Final de Semana Holístico

Dizem agora que, estamos todos entrelaçados. Esse não foi um final de semana comum, foi muito especial. No começo achei que seria apenas uma imersão de estudos sobre o Coaching Holístico (Terapia Holística), mas foi muito mais que isso, foi profundo e visceral.

Nos reunimos na fazenda do Dr. JouChan Tao – na Serra do Japi. O lugar é um paraíso, MAS não pega sinal de celular. “Vocês podem imaginar isso?! eu, blogueira 24 horas por dia, completamente desconectada”. Quase infartei, tá não infartei só porque já haviam me prevenido desse detalhe tão desagradável.

Já ouviram sobre a fama dos chineses?!

Tudo verdade, eles não param e trabalham sem parar. Essa “chinesada” como o próprio Dr. Jou se refere, não se cansam nunca (mas essa brasileira, sim). Foram dias de muitos estudos, vivências e práticas. Umas me tocaram imediatamente, outras ainda estão sendo absorvidas. Alguns aprendizados precisam de mais tempo pra fazer sentido, pra maturar e pra serem aceitos.

Um desses aprendizados (que eu venho trabalhando) só fez sentido hoje e, por mais que ele seja de uma simplicidade, não é assim tão simples de passar por ele, o sofrimento. Alcançar a nossa paz de espírito e a nossa prosperidade, inevitavelmente, passará pelo sofrimento. Caso eu insista em não aceitar, quem me vence é ele, e, tudo se transforma em ódio. Ódio que cega, que te faz ainda mais refém da sua infelicidade e frustração, aquela que vai te vitimizar pra sempre e tornar você uma pessoa autodestrutiva. Sofrer e crescer.

Por isso, não dá pra sustentar uma esperança ou uma promessa de que tudo vai passar, mudar e melhorar, sem o sofrimento ou sem o esforço – ao contrário do que nos foi ensinado – A esperança acaba sendo apenas uma espera longa. É, viver por algo que não existe e não está ali. Esperar. Uma promessa em vão.

Dura lição, eu sei, mas importante. Isso não significa viver sem a espiritualidade e a fé, são duas coisas distintas. Continuem orando, mas não se apeguem a esperança. Mudem. Ninguém muda por você.

Parece simples esse conceito, mas levou algum tempo pra ser aceito. “Cronos era o rei dos titãs e o grande deus do tempo, sobretudo quando este é visto em seu aspecto destrutivo, o tempo inexpugnável que rege os destinos e a tudo devora. Quando eu me apaguei na ideia equivocada de sentar e esperar pela minha hora, não fiz mais do que prolongar minha angústia. Por isso, colega, corre atrás ou você vai ser devorado por suas crenças.

Não faça como a maioria faz. Não crie recompensas pelo sofrimento como forma de aliviar a dor interna – Não avance sobre a comida, não consuma desesperadamente, não ande com a sua Ferrari acelerando pelas ruas chamando à atenção a sua volta – “Não vai passar a vida criando mecanismos de compensação ao invés de se sentir útil, né?!”. Quando eu me sinto útil eu me transformo, atraio a prosperidade e me realizo como pessoa.

Lições à parte, vamos falar do outro lado desse experiência -as pessoas a sua volta – aquelas que agora, estão entrelaçadas comigo. Minhas roomies foram – Andreia e Kat – dormimos no mesmo quarto. Aliás, fomos e voltamos juntas no mesmo carro. Na estrada, já começamos parte do nosso processo de autoconhecimento, porque obviamente fizemos a nossa terapia feminina. Questões a serem resolvidas ou já resolvidas, as estórias de cada uma de nós sendo analisadas minuciosamente pelas futuras Coacher. Não posso deixar de falar dos meus outros colegas,  das Tanias (T1 e T2), do Ricardo, da Maria Angelica, enfim levo um pouco de sabedoria de cada um deles comigo.

Não sei dizer exatamente o que eu mais gostei durante esse final de semana, talvez as vivências tenham sido mais profundas pra mim, mas as aulas e a convivência não ficaram atrás no quesito importância. Sempre rola uma cerimonia no sábado. O Dr.Jou e sua equipe holística fazem todo um ritual, se apresentam na sua melhor forma entre os vários tipos de arte marcial.

Domingo. Tudo acaba, com muitos abraços e alguns choros, mas não sem aquele ritual final. Usamos espadas chinesas pra isso e nos casamos com a nossa prosperidade. De agora em diante, o sofrimento não nos assusta mais, vamos encará-lo de frente e buscar o nosso propósito de vida. Cheguei profundamente exausta em casa, mas de alma lavada.