Uma das coisas que eu mais gostava quando estudava Consultoria de Imagem na Fashion Institute of Technology – FIT de Nova Iorque eram as aulas de História da Moda.
O acervo de vestuário da instituição é algo impressionante — em uma dessas aulas a professora Pamela Soohoo nos apresentou a modelos de estilistas do século 18 e 19, como: Hippolyte Leroy, Jacques Doucet, Mariano Fortuny, Paul Poiret, Jean Patou, Elsa Schiaparelli e muitos outros que revolucionaram o modo como gerações passaram a se vestir.
O cuidado durante as aulas era imenso, somente a professora usando luvas tinha autorização para mostrar as peças — e a cada detalhe surpreendente, como as costuras feitas por dentro, o tecido, o caimento, deixava a classe extasiada. Pensar que esses estilistas colocaram suas mãos naquelas obras-primas da costura realmente me deixava emocionada.
Mas o vestido que mais me impressionou foi um de Mariano Fortuny — o Delphos, feito em 1915. Fortuny, inspirado por referências da Grécia Antiga, criou um método de pregueamento ou plissamento de seda que era único, onde trazia leveza e movimento às mulheres. Esse vestido se tornou o MUST HAVE da elite artística europeia na época.
Além dessa aula maravilhosa, a FIT me proporcionou uma visão muito ampla sobre a moda e seus protagonistas, e, sempre que estou em Nova Iorque, não deixo de dar uma passadinha por lá, afinal, suas exposições são imperdíveis, como a próxima, sobre Daphne Guinness, fashionista excêntrica que tem um acervo invejável dos melhores estilistas do mundo.
O Delphos
A inspiração
Daphne Guinness
16 de Setembro de 2011 – 7 de Janeiro de 2012
Fotos: Reprodução