Seguindo a minha narrativa sobre o Porto, vamos para as próximas dicas do que fazer e do que não fazer, por lá. Parada mais do que obrigatória – A Livraria Lello – considerada uma das mais belas livrarias do mundo, recebe em média 3.000 visitantes por dia. Tem fila na porta e paga-se ingresso para entrar, nada exorbitante (€2).
Impressionate, sua arquitetura realmente é muito diferente de qualquer outra livraria que eu já tenha visitado, na mesma hora que eu entrei, tive uma sensação de “Harry Potter feelings”, e não é que, eu estava certa. Quando eu fui procurar mais informações sobre a tal livraria, acabei caindo em várias páginas que diziam sobre a relação da escritora com a livraria. JK Rowling ora veja, morou no Porto, lecionou na escola de inglês Encounter English, se apaixonou por um português, casou e teve sua primeira filha.
O casamento não foi adiante, sucessivas brigas fizeram com que o relacionamento fosse abalado até, ela voltar definitivamente para o Reino Unido. Porém, nas mãos com os 3 primeiros capítulos do livro, que viria a consagrar mundialmente. Sua passagem pelo Porto, marcou sua obra de forma pontual e definitiva.
Sua inspiração para os uniformes estudantes de Hogwarts, vieram dos universitários portugueses, que usavam uma capa preta por cima, além da mais forte delas, a livraria Floreios & Borrões, lugar de pura magia onde os estudantes compram seus livros para Hogwarts, e que podemos ver nas cenas de A Câmara Secreta. Tudo inspirado na livraria Lello, nos costumes portugueses e onde mais o nosso olhar pode identificar as semelhanças com o Porto.
Mas, voltando um pouco mais para a livraria em si. Situada na Rua da Carmelitas, ela foi projetada por Xavier Esteves, em 1906 – mais de 100 anos de cultura. A sua fachada segue o estilo neogótico, possui uma impressionante escadaria circular e no seu interior esta exposto mais de 120.000 livros. Outro detalhe que não pode passar despercebido é o belo vitral localizado no teto, onde pode se ler “Decus et Labore” ou seja, dignidade no trabalho.
Não dá, pra passar por essas escadarias incólume. Apesar da enorme quantidade de pessoas, selfies e muitas fotografias – você fica paradinha lá, esperando um segundo de calmaria, tentando ser a única “rainha da cocada” na escadaria a conseguir a façanha de ser ou de fotografar sozinha o espaço, já digo, é quase uma tarefa impossível, mas ainda assim ela é mágica. não à toa, ela é pura inspiração literária e fotográfica.
Fotos: Instagram @Lu.Mich/ Reprodução