Ele está logo aí, em alguns dias brindaremos a chegada de 2016 e, eu não poderia deixar de expressar os meus sentimentos mais profundos, afinal não sei se fico feliz ou desesperada (literalmente). Vou explicar da maneira mais dramática que eu conheço, afinal o nome deste blog, faz jus a minha pessoa. (totalmente DramaQueen).

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Não, não estou em crise de identidade, muito menos em crise conjugal, meu problema se chama filhos na adolescência. Foi-se o tempo, em que o meu maior trabalho antes de sair de férias, era simplesmente fazer as malas para uma viagem em família.

Tudo era tão simples (ou pelo menos, eu não sabia que o pior estava por vir), eu apenas precisava pensar em quantas peças de roupa eu deveria levar para cada um deles, quantos brinquedos seriam necessários para distrai-los, sem que eles enchessem a minha paciência (tarefa totalmente inutil, mas eu tentava), quantas caixas de leite e Nescau seriam necessários . Enfim, doces lembranças.

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Delícia mesmo, eram as várias tentativas antes de sair para ir à praia – sem antes, voltar para a casa umas quinhentas vezes. Pega brinquedo de praia, pega protetor solar, suquinho pra hidratar, chapéu pra não torrar no sol e a lista segue longa e demorada. Finalmente, a caminho da praia, chegamos. Um filho quer brincar de fazer castelinho na areia o outro filho quer passar o dia dentro do mar. Um, dois, três sorvetes nunca davam conta de tanta gula infantil.

O fim do dia vai se aproximando e minhas tarefas, não. Hora do banho, quando dá tudo certo, demora umas duas horas e meia, quando não, o dobro. Jantar, aquela felicidade. Um quer comer sempre o que não tem no cardápio, outro já não quer comer absolutamente nada, me esforço sem sucesso e o resultado é sempre o mesmo: choro e leite.

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Toda essa introdução foi para dizer que esse esforço, não chega no dedinho do pé do que é ser mãe de adolescentes, em fase de comemorar o Ano Novo. Pela primeira vez, um dos meus filhos foi com os amigos passar a virada na praia, sem n.e.n.h.u.m. adulto ou “de maior” acompanhando esta turma. Já a outra filha a.i.n.d.a passou comigo, mas na companhia de uma amiga, é claro, afinal qual é a graça de estar na companhia dos pais apenas.

Tudo começa a me estressar um mês antes da data, primeiro a surpresa da viagem, segundo as combinações. Não sei se os adolescentes de vocês sabem, mas os meus adolescentes não sabem combinar nada. Fato! um não sabe quantos vão pra praia, a outra não sabe se a amiga vai no dia com a gente ou depois. Um não sabe se precisa levar roupa de cama, a outra não sabe se vai na festa do clube ou não. E, assim segue a lista enorme, cheia de encontros e desencontros.

Eu sempre me coloco na retaguarda, óbvio. Na verdade acho que sou um tanto quanto controladora (minha culpa, minha máxima culpa) mas é muito difícil dar asas para esses adolescentes nos dias de hoje, não acham?! parece disco quebrado essa ladainha, mas o meu medo (e, acredito que de outras tantas mães e pais) são de todos esses perigos do mundo. Enfim, apesar das minhas preocupações, não sou do tipo de mãe castradora, não, acho que eles devem e precisam sair do meu ninho (com muita sofrência eu escrevo isto).

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Finalmente, ele chegou…o Ano Novo. Duas baladas, um longe e um perto. Preocupação a mil, mas eu finjo que tô nem aí. Um me liga horas antes da meia-noite pra desejar Feliz Ano Novo, passo 10.556 recomendações de todos os tipos; não beba muito, não dirija bêbado e nem sóbrio neste dia, não se afaste dos seu amigos, não arranje confusão, não brigue, não apanhe, não pegue a namorado de um caiçara, não, não e não.

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Por aqui, o discurso é parecido. Fiquem sempre juntas, não bebam, não aceitem bebida de estranhos, não voltem tarde (kkkkkkkkk), não, não e mais não. Afinal, não custa falar, né?! quem sabe entre por osmose. Rezo para todos os santos e peço para o anjo da guarda fazer hora extra, serei boazinha e vou compensar meus santos por tanto trabalho neste dia, prometo.

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The day after: lá pelas 6 horas, elas, as meninas voltaram. Ele, só consegui contato depois das 2 horas da tarde, enquanto isso eu pensava “Notícia ruim chega rápido, se não teve nenhuma é porque tá tudo bom, né?!” tentando me convencer que a noitada foi boa e durou até tarde, por isso a falta de um oi. Oi, finalmente. Tudo certo, estava dormindo.

E, pensar que tantos outros Anos Novos, iram acontecer e eu irei continuar rezando e pedindo para todos os santos…A.M.É.M.

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