Já repararam, o tanto que se fala sobre bebês pela blogosfera, quantos blogs e sites especializados sobre maternidade – que existem aos montes – dando dicas de como fazer um recém-nascido dormir melhor ou como ajudar as mães de primeira viagem a amamentarem, sem que os peitos delas sofram tanto.

Explicações variadas e conselhos múltiplos, sobre quantas vezes serão necessárias à mãe, já exausta, acabada, se levantar durante a noite, nos primeiros meses de vida de um nenezinho, para amamentá-lo, trocar sua fralda e fazê-lo arrotar.

O cansaço é enorme. Há quem queira “assassinar” o vizinho, marido, amiga, porteiro do prédio, tamanha falta de privação do sono. Mas nunca o seu próprio filho, mãe é sempre mãe, até na loucura. (contém MUITA realidade).

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Lembro, muito bem que o meu primeiro filho, só veio dormir direito, com 3 anos de idade – isso mesmo, que você leu – quantas vezes, saíamos pra dar uma volta de carro pela marginal, pra ver se o moleque caía no sono, chegamos eu e meu marido a dar 3 voltas!! Pra quem, não conhece São Paulo, imagine uma longa estrada…

Já, a minha segunda filha, o negócio foi diferente. Impus regras rígidas, nada de embalar, nada de conversar, nada de entrar no berço junto (sim, eu fazia isso com o primeiro filho), nada de acordar um milhão de vezes durante a noite. Dito e feito, a menina dormia 6 horas seguidas, para o meu alívio e sanidade mental.

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Porém, eles cresceram…viraram adolescentes. Ou seja, definitivamente, eu não durmo mais (saudades dos meus bebês), sim eu falei isso!. Final de semana, pra mim é uma tortura, ao invés de felicidade, relaxamento e diversão, eu sofro com as baladas noturnas, que começam cada vez mais tarde. Agora, me digam o porquê, eles precisam sair de casa, quase meia noite?! hum?!

Dar “até logo” para um filho, que foi para a balada, sem hora para voltar pra casa, é pior, muito pior do que todas as noites mal dormidas, quando eles eram bebês – os meus bebês.(contém MUITO apego).

Agora, eles são do mundo. Ninguém mais segura. Mas, vamos aos fatos: imaginem, seu filho de 19 anos saiu, vai fazer um esquenta, depois vai para a boate, que supostamente deve ser a mesma onde a sua filha de 16 anos deve se encontrar com o irmão mais velho, para juntos voltarem para casa, em segurança (e sóbrios, obviamente).

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Porém, a filha mais nova está em uma festa/jantar e, só vai chegar depois que a carona dela e das amigas a deixarem na boate (momento tenso), para se encontrar com o irmão mais velho. Obviamente, as meninas devem andar sempre em bando. Regra de casa, ou não sai.

Tão seguindo?! Então, durante todo este processo de idas e vindas, a progenitora (no caso, EU) envio uns milhares de WhatsApp(Sssssss), para saber se toda essa logística está funcionando direitinho. Às vezes, sou prontamente atendida, mas quase sempre com respostas curtas e na maioria das vezes grossas, do tipo: sim ou não.

Enquanto isso, a madrugada vai me engolindo, meu sono desaparece e meu marido dorme, ronca, sem imaginar o quanto eu estou trabalhando nos bastidores para tudo dar certo. Finjo que vejo algum programa de televisão, mas estou em outro planeta, o planeta preocupação.

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Depois de horas acordada, tento sem sucesso, continuar acessa, mas o cansaço me vence e eu acabo cochilando um pouco, até ser acordada de supetão, por aquele instinto maternal, que diz “Mãe, não tá na hora dessas crianças voltarem pra casa, não?!”.

Volto a sala de monitoramento – WhatsApp – e insisto em querer saber se eles já estão voltando pra casa (e, pelo amor de Nossa Senhora Aparecida). As respostas são sempre, como eu posso dizer – insatisfatórias. Quando finalmente, eu leio, depois de várias horas de espera, as palavras mágicas “Estamos voltando”, uma lágrima escorre do meu rosto (contém MUITO exagero).

Escuto um carro parar na porta de casa e a porta se abrir, continuo na cama fingindo estar calmíssima, fingindo que não sofri este tempo todo morrendo de preocupação, fingindo que sou uma mãe equilibrada capaz de dar liberdade para eles crescerem na vida, fingindo que não sou um poço de mãe super protetora, e sim liberal, tudo isso para não sair correndo e ver se os dois estão, todos sãos e salvos dos perigos da noite e se os dois estão, com todos os seus pedacinhos no seus devidos lugares.

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Os dois fazem algum barulho (afinal, é madrugada, né?!), até que o silêncio finalmente impera dentro de casa, e, eu finalmente posso dormir tranquila. Porém, no dia seguinte, fatalmente acordarei cansada, como se eu estivesse ido (juntamente) com eles para balada, porque mãe de adolescentes é assim…como padecer no paraíso (contém MUITA ironia).

*Quando você achar que amamentar tá osso, lembre-se que o pior ainda está por vir… (Contém MUITA maldade).

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