Dizem agora que, estamos todos entrelaçados. Esse não foi um final de semana comum, foi muito especial. No começo achei que seria apenas uma imersão de estudos sobre o Coaching Holístico (Terapia Holística), mas foi muito mais que isso, foi profundo e visceral.
Nos reunimos na fazenda do Dr. Jou – Chan Tao – na Serra do Japi. O lugar é um paraíso, MAS não pega sinal de celular. “Vocês podem imaginar isso?! eu, blogueira 24 horas por dia, completamente desconectada”. Quase infartei, tá não infartei só porque já haviam me prevenido desse detalhe tão desagradável.
Já ouviram sobre a fama dos chineses?!
Tudo verdade, eles não param e trabalham sem parar. Essa “chinesada” como o próprio Dr. Jou se refere, não se cansam nunca (mas essa brasileira, sim). Foram dias de muitos estudos, vivências e práticas. Umas me tocaram imediatamente, outras ainda estão sendo absorvidas. Alguns aprendizados precisam de mais tempo pra fazer sentido, pra maturar e pra serem aceitos.
Um desses aprendizados (que eu venho trabalhando) só fez sentido hoje e, por mais que ele seja de uma simplicidade, não é assim tão simples de passar por ele, o sofrimento. Alcançar a nossa paz de espírito e a nossa prosperidade, inevitavelmente, passará pelo sofrimento. Caso eu insista em não aceitar, quem me vence é ele, e, tudo se transforma em ódio. Ódio que cega, que te faz ainda mais refém da sua infelicidade e frustração, aquela que vai te vitimizar pra sempre e tornar você uma pessoa autodestrutiva. Sofrer e crescer.
Por isso, não dá pra sustentar uma esperança ou uma promessa de que tudo vai passar, mudar e melhorar, sem o sofrimento ou sem o esforço – ao contrário do que nos foi ensinado – A esperança acaba sendo apenas uma espera longa. É, viver por algo que não existe e não está ali. Esperar. Uma promessa em vão.
Dura lição, eu sei, mas importante. Isso não significa viver sem a espiritualidade e a fé, são duas coisas distintas. Continuem orando, mas não se apeguem a esperança. Mudem. Ninguém muda por você.
Parece simples esse conceito, mas levou algum tempo pra ser aceito. “Cronos era o rei dos titãs e o grande deus do tempo, sobretudo quando este é visto em seu aspecto destrutivo, o tempo inexpugnável que rege os destinos e a tudo devora“. Quando eu me apaguei na ideia equivocada de sentar e esperar pela minha hora, não fiz mais do que prolongar minha angústia. Por isso, colega, corre atrás ou você vai ser devorado por suas crenças.
Não faça como a maioria faz. Não crie recompensas pelo sofrimento como forma de aliviar a dor interna – Não avance sobre a comida, não consuma desesperadamente, não ande com a sua Ferrari acelerando pelas ruas chamando à atenção a sua volta – “Não vai passar a vida criando mecanismos de compensação ao invés de se sentir útil, né?!”. Quando eu me sinto útil eu me transformo, atraio a prosperidade e me realizo como pessoa.
Lições à parte, vamos falar do outro lado desse experiência -as pessoas a sua volta – aquelas que agora, estão entrelaçadas comigo. Minhas roomies foram – Andreia e Kat – dormimos no mesmo quarto. Aliás, fomos e voltamos juntas no mesmo carro. Na estrada, já começamos parte do nosso processo de autoconhecimento, porque obviamente fizemos a nossa terapia feminina. Questões a serem resolvidas ou já resolvidas, as estórias de cada uma de nós sendo analisadas minuciosamente pelas futuras Coacher. Não posso deixar de falar dos meus outros colegas, das Tanias (T1 e T2), do Ricardo, da Maria Angelica, enfim levo um pouco de sabedoria de cada um deles comigo.
Não sei dizer exatamente o que eu mais gostei durante esse final de semana, talvez as vivências tenham sido mais profundas pra mim, mas as aulas e a convivência não ficaram atrás no quesito importância. Sempre rola uma cerimonia no sábado. O Dr.Jou e sua equipe holística fazem todo um ritual, se apresentam na sua melhor forma entre os vários tipos de arte marcial.
Domingo. Tudo acaba, com muitos abraços e alguns choros, mas não sem aquele ritual final. Usamos espadas chinesas pra isso e nos casamos com a nossa prosperidade. De agora em diante, o sofrimento não nos assusta mais, vamos encará-lo de frente e buscar o nosso propósito de vida. Cheguei profundamente exausta em casa, mas de alma lavada.