Quando eu vi a capa da Vogue Paris de Abril, na hora eu pensei ” Vou falar um pouco sobre a minha viagem”.

Há exatos 6 anos atrás eu conheci o PERU – literalmente – digo logo para maiores esclarecimentos, o país.

Fui convidada para um casamento e meio incrédula resolvi passar uma semana por lá. Cheguei na capital Lima por volta das 10 horas da noite, em um vôo de umas 5 horas para apenas uma noite e seguir o nosso roteiro, previamente escolhido.

A muvuca pra passar pela alfândega, lembra um pouco a nossa.

Eu e meu marido fomos pegar um táxi para o hotel, o que tinha disponível não era muito animador, carros velhos e um pouco assustadores, como uma Pepsi ” Pode ser este carro aqui?!” respondemos “Pode”.

Tivemos uma boa surpresa, chegamos em segurança no nosso hotel e sabendo um pouco mais sobre a história do Peru – qualquer taxista sabe tudo sobre suas origens.

Nosso roteiro começou pela cidade de CUSCO, no sudeste do Vale de Huatanay. Assim, que eu sai do avião, imediatamente senti a altitude do lugar, 3400 metros acima do nível do mar, me senti um pouco enjoada e logo me ofereceram um chá de coca, o que foi providencial.

A cidade é pequena, mas muito rica e bem conservada em termos históricos. Dois passeios imperdiveis são: Convento de Santo Domingo ( de preferência com uma guia local) e a Basílica Catedral, que tem um acervo enorme de pinturas cusquenhas originais

Essa é a cara de quem está sentindo os efeitos da altitude!!

Depois de Cusco, seguimos para MACHU PICCHU pelo famoso trem (que leva aproximadamente 3 horas) e recebe o nome do seu descobrir – HIRAN BINGHAM – até o povoado de Águas Calientes.

Pra quem não sabe, o lugar imagina-se que foi abandonado durante a conquista espanhola e descoberta no ano de 1911, pelo explorador norte-americano. A região estava tomada pela vegetação é a dificuldade de acesso ao sítio arqueológico era enorme.

Várias teorias até hoje não deram conta do mistério que cerca a cidade e como disse o pesquisador Giulio Magli, da Universidade Politécnica de Milão, na Itália  “Qualquer interpretação sobre a cidade não é nada mais que especulação. Machu Picchu continua um mistério: não sabemos como os Incas a chamavam, não sabemos quando e por que foi construída, nem por que foi abandonada”.

Considerada Património Mundial pela UNESCO, a cidade impressiona pela sua grandeza e principalmente pela sua organização do que um dia foi uma civilização.

De longe essa é a minha foto preferida da viagem!!

Depois de um dia intenso com a ajuda de um guia (imprescindível por lá) aprendemos tudo o que não nos foi ensinado na escola durante as aulas de História, passamos uma noite no Hotel Sanctuary Lodge, o único ao lado do santuário.

Isso nos deu a possibilidade de passar mais um dia desbravando o sitio arqueológico. Detalhe: o tempo é inconstante, chegamos com chuva e saímos com sol.

Na nossa segunda parte da viagem, ficamos hospedados no Hotel Monasterio, originalmente construído em 1595, o Hotel Monasterio se encontra no local do Palácio Inca de Amaru Qhala. Três anos mais tarde porém, são os espanhóis que  assumem o controle e fundam o Seminário de San Antonio Abad.

Um terremoto danificou seriamente o edifício em 1650, e na restauração a bela Capela foi adicionada ao conjunto. Em 1965, o edifício foi remodelado como um hotel.

Hotel Monasterio agora é um marco histórico nacional, protegido pelo Instituto Nacional do Peru da Cultura.

Ps: Como nessa época eu ainda nem pensava em ser blogueira, eu não tenho fotos minhas do hotel, mas vamos as fotos do próprio site.

Outro passeio obrigatório é para o Valle Sagrado De Los Incas.

“A área, denominada Vale Sagrado dos Incas, se prolonga por mais de 100 quilômetros (sendo seus extremos as cidades de Pisac e Machu Picchu), e possui numerosos povos (entre eles Ollantaytambo) e impressionantes centros administrativos que testemunham sua milenar ocupação. Se encontra à uma altura média de 2800 metros sobre o nível do mar, e apresenta condições excepcionais, tais como um clima benéfico (18º C de temperatura média anual), rica flora e fauna, terra fértil e inumeráveis riachos que, nascendo das cordilheiras nevadas que o rodeiam, se precipitam em cachoeiras por entre os bosques nativos mais altos do mundo (4200 metros de altitude), provendo-o de abundante água e alimentando o rio sagrado”.

* Contratamos um guia e um motorista que nos levaram para o Vale, eles nos deram todas as explicações possíveis e imaginarias, de quebra nos levaram à lugares peculiares fora da rota turística – o que foi um grande diferencial.

Depois de todo esse roteiro histórico, voltamos para Lima e fomos para o casamento. Os dois -o casamento e os passeios – foram grandes surpresas, posso dizer que nunca vi um povo tão educado, gentil e orgulhoso de seu passado como os peruanos.

Quando me perguntam sobre um dos países que mais gostei de ter conhecido o PERU, com certeza tem um lugar especial nessa lista!!

Fotos: DQZ