Muito se falou à respeito do famoso Baile de Gala do MET essa semana, listas dos piores e dos melhores vestidos saíram aos montes nos blogs e sites especializados. Eu tenho o meu preferido, que foi de longe o vestido da minha queridinha a atriz Sarah Jessica Parker e seu adereço punk na cabeça.
E tudo isso aconteceu para o lançamento de mais uma incrível exposição – PUNK: Chaos of Couture – que conta com 7 galerias repletas de informações sobre a cultura punk e sua influência na moda.
De tudo que eu li sobre a mostra, o que mais me chamou a atenção foi o enfoque entre o conceito de punk “do-it-yourself” e o conceito de alta costura “feito sob medida” – como mostra a foto acima do músico inglês Sid Vicious, ícone da cultura punk ao lado de outra foto em oposição, uma roupa de alta costura feita pelo estilista Karl Lagerfel, para a Maison Chanel.
Uma das galerias da exposição reservada ao “DO IT YOURSELF” ou “Faça você mesmo”, será representada de quatro formas diferentes:
DIY Hardware – a alta costura com enfoque no uso de parafusos, pregos, correntes, zíperes, cadeados, alfinetes e lâminas de barbear.
DIY Bricolage – destaque para o impacto da personalização do “punk ethos” na moda, incluindo o uso de materiais reciclados do lixo e a cultura de consumo.
DIY Graffiti e Agitprop – explorando a tradição punk de provocação e confrontação através de imagens e texto.
DIY Destruir – examinando o efeito “punk’s rip-it-to-shreds spirit”, através das vestes rasgadas e desfiadas associadas ao desconstrucionismo.
Dentre todas as personalidades punks, uma das mais marcantes é sem dúvida Vivienne Westwood, que em sociedade com seu marido/empresário Malcolm McClaren, abriram a butique Seditionaries em Londres nos anos de 1970, sendo uma das primeiras a comercializar a moda punk. Seu lema em relação a moda frente a sociedade era “The best way to confront British society was to be as obscene as possible.”
O que ontem foi totalmente contra o establishment apregoado pelo movimento punk, hoje é referência de uma moda glamourosa, vide o vestido da personagem de SJP no filme “Sex And The City”.
O punk pode ser definido como uma ideologia de contestação, feita de forma marginal nas mais diversas formas de expressão, entre elas a música. Só para citar alguns exemplos, temos de um lado do oceano os Ramones nos USA, já do outro os Sex Pixtol, na Inglaterra – particularmente, sou fã do primeiro.
Diante de tantas influências do movimento, podemos afirmar que a estética definitivamente foi incorporada pelos estilistas e pela moda não somente a de protesto, e sim, muitas vezes pela alta-costura, onde passou a ser referência de estilo (independente do preço), afinal hoje em dia somos todos os verdadeiros punks de butique.
Quem não se lembra do ícônico vestido de Elizabeth Hurlem, feito pelo estilista Gianni Versace em 1994?! ou do visual sensual da vocalista do Blondie, Debbie Harry?!
Personagens de um tempo expostos em mais uma grande exposição, transformados pela moda do passado e de hoje. Se passar por Nova Iorque, obviamente não deixe de ir e de levar pra casa um livro da mostra, geralmente eles são PUNK!!
Fotos: Reprodução
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Meu reino para poder visitar essa expo! A cada ano o MET consegue se superar em termos de ideias. O melhor é poder viajar por todos a história do punk (achei incrível a réplica do banheiro do clube CBGB) , com referências ao mundo couture. Um dos vestidos que foram incluídos (que por sinal é o meu favorito) é o do verão de 1999 do McQueen. Grafitado por robôs no final do desfile. Genial!
Adorei o post! Bjaao!
Eu também João, sou grande fã das exposições do MET, geralmente elas são imperdíveis!!!
Obrigada e bjs, Lu